GIULIANA VALLONE
NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – A geração de empregos nos Estados Unidos cresceu acima do esperado em fevereiro. De acordo com dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta sexta-feira (6), foram criados 295 mil postos no período, acima da previsão do mercado, de 240 mil.
Foi o 12º mês seguido em que a geração de vagas ficou acima de 200 mil. A taxa de desemprego terminou o mês em 5,5%, contra 5,7% em fevereiro.
A criação de vagas em fevereiro ocorreu nos setores de alimentos e bebidas, serviços profissionais e financeiros, construção, saúde e transporte.
Mesmo com o cenário positivo no emprego, a renda dos trabalhadores ainda não apresenta sinais de crescimento regular. O salário médio teve alta de três centavos, para US$ 24,78 por hora -em janeiro, a alta havia sido de 12 centavos. Em 12 meses, a renda média avançou 2%.
Os dados divulgados nesta sexta também mostram que a geração de emprego em janeiro foi um pouco menor que o inicialmente previsto. Foram gerados 239 mil postos no mês, ante os 257 mil divulgados anteriormente.
Os dados de dezembro também foram revisados, mas a criação de vagas no mês permaneceu em 329 mil.
JUROS
Os dados de emprego e renda são monitorados de perto pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para decidir quando iniciar um novo ciclo de elevação dos juros básicos no país.
O mercado previa que a alta fosse anunciada em junho. Mas a divulgação de que a economia dos EUA teve deflação nos últimos meses de 2014 -causada pela redução nos preços do petróleo- e de uma desaceleração do ritmo de crescimento do PIB, para 2,2%, no último trimestre, levou parte dos economistas a adiar a previsão para setembro.
A presidente do Fed, Janet Yellen, já sinalizou que a autoridade monetária não tem pressa para elevar os juros.
A taxa de juros norte-americana está entre zero e 0,25% desde 2008. A autoridade monetária afirmou, após sua última reunião, que não deve elevar os juros nas próximas duas reuniões, em março e abril.