CLAUDIA ROLLI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Metalúrgicos representados por sindicatos filiados à CSP-Conlutas (ligada ao PSTU) fizeram protestos nesta sexta-feira em fábricas do interior paulista contra as medidas do governo federal que tornam mais rígidas as regras para o pagamento do abono salarial, do seguro-desemprego, da pensão por morte e do auxílio-doença.
Os protestos fazem parte do “Dia de Lutas e Paralisações” e estavam previstos para ocorrer em algumas regiões do país. Também estavam na pauta dos manifestantes atos em defesa da Petrobras, contra a corrupção, contra os cortes no orçamento público, entre outras reivindicações -no Rio e em outros Estados.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, houve atraso na entrada do primeiro turno da montadora GM (General Motors) e em outras cinco fábricas da região.
Em Jacareí, a empresa Acteco, que produz motores para a montadora Chery, foi alvo de protesto. Os trabalhadores de lá decidiram parar por 24 horas também para pedir reajuste salarial. Segundo o sindicato, a correção salarial não foi negociada na campanha do ano passado.
Protestos com cerca de uma hora de duração também foram feitos nas fábricas Sun Tech, em São José dos Campos, Blue Tech, em Caçapava, e Volex e Schrader, ambas em Jacareí.
Segundo o sindicato, as paradas teriam afetado a produção. A reportagem não localizou representantes dessas empresas para comentar as manifestações.
“De nada adianta remendar as medidas provisórias 664 e 665, como as centrais sindicais estão propondo. É preciso derrubar as medidas na íntegra, já que elas trazem apenas prejuízo aos direitos dos trabalhadores”, disse o presidente do sindicato em São José, Antônio Ferreira de Barros.