Mais uma categoria deve entrar em greve nas próximas semanas. Os trabalhadores dos Correios vão parar as atividades no dia 17 de março, caso o Governo Federal não recue de decisões importantes, como a que torna a estatal uma empresa privada. O indicativo de greve foi aprovado na sexta-feira em assembleias em Curitiba, Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e Maringá. O maior ponto da discórdia é a implantação do CorreiosPar, uma subsidiária da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. De acordo com um dos diretores do sindicato dos trabalhadores, Wilson Dombrovski, esta empresa privada pode afetar a contratação de mais servidores.

A parceria dos Correios com empresas privadas não é novidade. Hoje em dia, o Banco Postal é operado pelo Banco do Brasil. Antes, quando foi criado, tinha parceria com o Bradesco. No ano passado, o Ministério das Comunicações aprovou a parceria da ECT com uma operadora italiana de telefonia, mas o negócio não foi para frente. Outro pedido dos trabalhadores é a reestruturação do serviço de atendimento de saúde dos Correios.

Os trabalhadores pedem, ainda, o aumento da estrutura de segurança nas agências dos Correios. Segundo eles, algumas funcionam quase como um banco, com grande circulação de dinheiro.

Enquanto isso, o comando nacional de greve segue negociando com a ECT, em Brasília. Caso os Correios não recuem de algumas propostas, a greve será deflagrada em todo o país.