Quem trabalha com Turismo, já aprendeu a lição: é o setor atingido em primeiro lugar. Para o Bem ou para o Mal. Quando tudo o mais está parado, se houver um empurrão no Turismo, a máquina começa a girar a favor. Porque o Turismo envolve desde o pipoqueiro na porta do cinema, o vendedor de água na praia, ao taxista, ao restaurante de luxo, à lanchonete. E os hotéis, os diferentes comércios, museus, artesanato, companhias aéreas.

Em compensação, se nada for feito para melhorar o status quo, muitas portas serão fechadas, muita gente perderá o emprego, numa cadeia sem fim de desastres. Tipo a pedra que cai primeiro no jogo do dominó, e arrasta todas as outras num piscar de olhos.

O Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação em Turismo aponta: cerca de 60% das empresas do setor consultadas registraram quedas nas vendas da temporada, chegando a 30% por enquanto. Por enquanto. Para 40% dos consultados, a alta do dólar é a razão principal. Na verdade os fatores são muitos: situação econômica, incerteza política, falta de segurança em relação ao trabalho, um futuro sem futuro, já que ninguém sabe o quanto vai pagar no final de uma viagem.

Não foi à toa que grandes operadoras, como a Flytour Viagens, lançaram mão do marketing, na programação de um Feirão com ofertas de pacotes. E a CVC e Agaxtur congelaram a taxa do dólar. É preciso entender: as operadoras se comprometem com as companhias aéreas, hotelaria e serviços com antecedência. E pagam antecipadamente. Então, cada pacote não vendido, é prejuízo. Cada lugar no avião que fica vazio, não tem reposição.

COSMOS FAZ ECONOMIA PARA BRASILEIROS
O lema é Tornando sonhos de viagens em Realidade. A Cosmos é uma das divisões da operadora suíça Globus Family of Brands (acesse Globus. Tur.Br), que há meio século oferece roteiros econômicos para todos os principais destinos no mundo. Agora que a operadora tem representação exclusiva na Brasil, estão disponíveis roteiros de 12 dias de Roma a Londres, com Pisa, Florença, Veneza, Cortina, Innsbruck, Liechtenstein, Lucerna, Paris e Londres, a partir de 2.055 dólares.

Sabor da Irlanda, 6 dias de Dublin a Dubin, a partir de 999 dólares; o Melhor da Grã Bretanha e Irlanda, iniciando em 2.189 dólares durante 15 dias; Tesouros dos Balcãs e Transilvânia, 13 dias de Budapeste a Budapeste, começando em 1.799 dólares; Jóias da Eslovênia e Croácia, 8 dias , a partir de 1.399 dólares; Suíça Panorâmica de Trem, 9 dias, iniciando em 2.359 dólares; Grande Tour da França, 14 dias, 2.129 dólares.

E há ainda roteiros da Espanha e Portugal, 13 dias, 1.589 dólares; Sabores Mediterrâneos em 14 dias, entre Madri e Roma; Destaques do Norte e do Círculo Polar Ártico, 16 dias de Helsinque a Oslo, 2.999 dólares; O Melhor da Itália, 14 dias, 2.099 dólares; Sul da Itália com Sicília, 16 dias, 2.439 dólares; Grécia e Egeu, 15 dias, 2.399 dólares; Santuários da França e Lourdes, 12 dias iniciando em Paris, 1.999 dólares; Santuários Europeus, de Lisboa a Barcelona durante 12 dias, 1.599 dólares.

Canadá, Estados Unidos (Rota 66, Texas, Nova York), Ontario e Canadá Francês, também têm roteiros com tarifas mais acessíveis.

BRASILEIROS NA EUROPA
É de Araraquara um dos primeiros grupos de brasileiros a navegar pelos rios europeus com a Avalon Waterways, do Grupo Globus Family of Brands (Avalon Waterways, Globus, Monograms e Cosmos). O grupo fará em setembro, a partir do dia 1º, o cruzeiro Canais, Vinhedos e Paris, começando a viagem na Cidade Luz e terminando em Amsterdã, navegando com o Avalon Visionary pelos rios Mosela e Reno.

O programa oferece passeios e visitas em Paris, cidades de Luxemburgo, Alemanha e na capital da Holanda, incluindo na tarifa todas as refeições a bordo com bebidas, passeios em terra nas principais atrações de cada escala, tendo acompanhamento de guia em português.

Os cruzeiros Avalon são famosos internacionalmente pelos roteiros fluviais de luxo na Europa, China, Sudeste da Ásia, Egito e Galápagos e por seus navios, a frota mais nova do continente europeu, com as cabines maiores em 30% em relação a outras do mercado.

Calcule a partir de 250 dólares o gasto por dia (sem aéreo) e veja o quanto pode ser vantajoso apreciar as paisagens dos janelões das cabines e das áreas comuns, que ocupam a totalidade de uma parede.

Para o cruzeiro Canais, Vinhedos e Paris, peça informações para Erica Garutti, diretora da Business Class Viagens ([email protected]).


DESTAQUE

UMA BOA NOTÍCIA
Pelo menos uma boa notícia no Turismo: o Hotel Nacional, projetado por Oscar Niemeyer, será restaurado por um sobrinho do arquiteto. A torre redonda de 34 andares foi um dos marcos em São Conrado, zona Sul do Rio de Janeiro, desde sua inauguração em 1972. Era o hotel mais moderno e sofisticado da cidade, rivalizando com o Copacabana Palace. Festivas de cinema, de jazz, grandes congressos (como os da Abav Nacional) e outros eventos importantes, aconteciam nos salões e no amplo teatro. Onde Baryshnikov se apresentou pela primeira vez no Brasil, com plateias lotadas.

O Hotel Nacional foi tombado pelo patrimônio municipal em 1998 e foi o primeiro cinco estrelas da rede criada pelo fundador da Rede Horsa, um argentino de origem russa, que viveu na zona portuária , foi engraxate, vendedor de frutas, chofer de táxi. Chegou a ter nove hotéis no Rio, São Paulo e Brasília.

Os jardins do Hotel Nacional foi projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx, em frente à praia da Gávea, orla de São Conrado. Cinco restaurantes, boate, lojas, Spa, 520 quartos e um centro de eventos anexo com capacidade para 2.800 pessoas formavam o complexo que faliu nos anos 1990, foi comprado por outra firma, que também acabou falindo. Em 2009, depois de quatro leilões sem sucesso, foi arrematado por 85 milhões de reais.

A reforma agora vai reduzir o número de quartos para 468 e o centro de convenções terá no seu lugar um prédio de 10 andares e 30 mil metros quadrados, que poderá ser um apart hotel. A localização da grande torre do Hotel Nacional é especial, perto da Barra da Tijuca, da zona sul, lojas e restaurantes e junto do São Conrado Fashion Mall. Será conservada e restaurada a escultura da sereia, de Alfredo Ceschiatti.Também retornará ao hotel o imenso painel de Carybé, com as 268 placas de concreto (40 quilos cada uma), que tinha sido leiloado irregularmente e foi retomado judicialmente. O mosaico de Athos Bulcão também será restaurado.

Em dois meses será definida a bandeira hoteleira que vai administrar o prédio, que se espera fique pronto para os Jogos Olímpicos de 2016.