3,2,1…corre! é assim que começa a decolagem para uma das experiências mais marcantes na vida de um turista ousado: voar de asa delta. Com o instrutor ao lado, amarrado por um colete de segurança, a corrida na rampa – após a contagem regressiva – tem nove metros e quando o pé pedala no vazio você percebe que começou a voar. A primeira sensação é de uma pequena queda, que é corrigida rapidamente com a estabilização da asa. Em seguida vem o vento forte no rosto e uma euforia inesquecível quando você olha o Rio de Janeiro de cima: mar, prédios, praia, montanhas… a natureza é sentida de uma forma inédita, como se você fosse um super herói num dia de folga.

A aventura começa com a escolha do piloto que vai fazer o vôo com você. O experiente Ricardo Modelo conta que todos os pilotos associados ao Clube São Conrado de Vôo Livre estão aptos a realizar o vôo de instrução, também conhecido como vôo duplo. E que cada piloto pode fazer apenas quatro vôos duplos por dia. Em cada vôo encontramos situações diferentes. Tem gente que já chega determinada vai e salta. Outros a gente tem que conversar um pouco mais para não ter surpresas na hora da decolagem. A escolha do piloto é livre, basta entrar no site: www.cscvl.com.br/index.asp para achar qual será a sua asa. Caso prefira, o turista também pode ir diretamente na praia de São Conrado, que próximo ao local de aterrisagem está o Clube e vários pilotos oferecendo seus serviços. O valor da combinação tem um preço variável, mas gira em torno de R$450 na baixa temporada (incluindo um CD com vídeo e fotos).

Decisão concluída chegou a hora de voar. Um carro leva o turista aventureiro da praia até a Pedra Bonita – que tem a rampa de decolagem e fica 517 metros acima do nível do mar. Lá a asa é montada e piloto e seu acompanhante são equipados para o vôo. Tudo muito descomplicado. Em menos de 10 minutos a asa já está posicionada na rampa. E aí começa a contagem…

Depois que o turista decolou e passou aquele momento de ansiedade, vem o melhor, que é o passeio pelo céu. Voar com silêncio, vento no rosto e uma sensação de segurança absoluta. A média de duração de cada vôo é de 10 minutos – depende do dia e das condições do vento. Para Pilar, uma estudante de 16 anos que não passava nem na mesma calçada de uma montanha russa, voar permitiu que ela superasse sua vertigem de altura e quedas e resumiu da seguinte forma a sua experiência. O vôo livre não é tão radical assim. Após a decolagem, a sensação quando você está voando é de contemplação e meditação.

O veterano piloto Ruy Marra que já levou mais de 10 mil pessoas em vôo duplo, escreveu o livro Decolando para a Felicidade (http://decolan doparaafelicidade.blog spot.com.br/) a partir de sua experiência com seus passageiros. Durante dez anos ele entrevistou e percebeu a reação de quase duas mil pessoas que voaram na sua asa para chegar a seguinte conclusão: devemos impulsionar nossa atitudes como um vôo de asa delta: correr de forma constante para atingir a plenitude, compreender durante o vôo que somente você manda na sua vida, e ao atingir o solo sentir-se feliz por ser você mesmo.

Serviço: A reportagem voou (e recomenda) com os seguintes pilotos: Ricardo Modelo (21 99887-2022) Ruy Marra (21-99982 5703)

DEZ INFORMAÇÕES IMPORTANTES

– Normalmente quando há desistência na rampa é cobrada apenas a taxa de inscrição do Clube de R$ 20.
– Nunca parar de correr no meio da rampa
– Nunca toque nos comandos (barra) da asa durante a decolagem e pouso.
– Use roupas confortaveis, mas não esqueça de usar tênis, pois facilita a corrida.
– Não se preocupe com o tempo nublado. Muitas vezes o dia nublado e feio é muito melhor para voar do que um dia ensolarado. Ligue e pergunte.
– Não há limite de idade máxima para voar. A idade mínima é de 16 anos e neste caso é necessária a assinatura de um responsável maior de idade na declaração de responsabilidade a ser preenchida na associação.
– O peso máximo recomendado é de aproximadamente 110kg para voar de parapente e 100kg para voar de Asa Delta, não existe um peso mínimo para a pratica da asa Delta.
– O melhor horário depende da condição de vento do dia. Para filmagens, os horários da manhã e final da tarde são mais privilegiados em relação a luz.
– O voo duplo de instrução é uma atividade muito segura, as estatísticas mostram que fazer um voo duplo de Asa Delta é mais seguro do que andar de carro ou de avião.
– É quase impossível que a asa delta quebre durante um voo, os equipamentos são testados e homologados internacionalmente, além de revisados e trocados periodicamente. No caso de quebrar, os pilotos voam com um paraquedas próximo ao peito que irá acioná-lo em caso de colapso do equipamento.

NOTAS

Refúgio da Páscoa 1
Com apenas seis suítes com vista para a Lagoa de Ibiraquera -SC, Hospedaria Ponta da Piteira (www.pontadapiteira.com.br) -, eleito pela Condé Nast Johansens, entre os melhores do Brasil na categoria luxo – oferece luxo e conforto para se curtir a dois no feriado de Páscoa. As suítes com mais de 100m², gigantesca cama para o casal, sauna no próprio quarto e detalhes de requinte como hidromassagem para dois integrada ao ambiente e com vista panorâmica, cafeteira expressa, sais de banho, chuveiros individuais e uma deslumbrante varanda com vista inesquecível, entre outros mimos.

Refúgio da Páscoa 2
Os serviços da Hospedaria também privilegiam a intimidade e o sossego. Com gastronomia de primeira, o Bistrô da Piteira oferece pratos exclusivos preparados e servidos em um ambiente de requinte intimista, mesmo local do café da manhã preparado na hora para os hóspedes, que podem optar por ter suas refeições servidas na própria suíte. O período de hospedagem para a Semana Santa e Páscoa oferecido pela Ponta da Piteira e os valores de diárias podem ser encontrados no site da Hospedaria. Mais informações: (48) 3356-0232.

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