Entre a próxima segunda-feira (16) e o sábado (21) da semana que vem, será realizada mais uma campanha EnzoDay, que tem o objetivo de incentivar a doação de medula óssea em Curitiba. O objetivo é que os curitibanos compareçam aos bancos de sangue da cidade para fazer ou renovar seus cadastros de doadores.

A campanha tem o apoio da Prefeitura de Curitiba e será encerrada no dia 22 com uma corrida nas ruas do Bacacheri, que terá a participação de mais de 3 mil atletas.

O EnzoDay surgiu há pouco mais de um ano, em homenagem ao menino Enzo, de 4 anos, que lutava contra uma doença genética rara, chamada Anemia de Fanconi. Ele enfrentou dois transplantes de medula óssea e motivou centenas de pessoas a lotarem hospitais da cidade para se cadastrarem como doadores. Enzo não sobreviveu, mas deixou um legado: o de salvar vidas.

O transplante de medula óssea é indicado como parte do tratamento para algumas doenças do sangue, como leucemias, anemias, linfomas e mielomas. Para alguns pacientes, o transplante é a única possibilidade de cura.

Diferentemente da doação de sangue, a compatibilidade da medula é um pouco mais complicada. As chances de se encontrar um doador compatível podem variar entre 1 para 1000 a 1 para cada 1 milhão. Daí vem a necessidade da existência de um amplo cadastro de doadores. Veja como, onde e quem pode doar: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/corrida-enzo-day/2183

Segundo o médico hematologista e transplantador, Lisandro Lima Ribeiro, o Brasil detém o terceiro maior cadastro do mundo de potenciais doadores de medula. Apesar de ter um bom número de cadastrados, há uma grande dificuldade no Brasil de se localizar o doador. Por isso, é muito importante que as pessoas façam seus cadastros e os mantenham atualizados, diz.

Segundo o médico – que também é presidente da Associação de Pais de Portadores de Anemia de Fanconi – Curitiba é a principal referência nacional neste tipo de tratamento.

Realizamos, no Hospital de Clínicas, cerca de 100 atendimentos mensais de pacientes com Anemia de Fanconi. Felizmente, o tratamento é eficaz e 90% dos doentes conseguem respostas positivas, informa.

Quem faz a busca pelo doador compatível no Brasil é o REDOME (Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea), que funciona no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), em São Paulo e possui um banco de dados unificado que atende a todo o Brasil.

Após se cadastrar, o potencial doador pode ser chamado até os 60 anos. É muito importante, portanto, manter o cadastro atualizado. Em caso mudança de endereço ou telefone, a atualização pode ser feita no site do INCA: http://www1.inca.gov.br/doador/