SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após o forte temporal dos últimos dias, os reservatórios da Grande SP voltaram a apresentar alta nesta segunda-feira (23). Com o acumulado de chuva dos últimos dias, o reservatório do Alto Tietê bateu a média histórica para o mês de março.
Até agora, choveu 178,8 mm nas represas do sistema, quando a média histórica para o mês é de 172,4 mm. O reservatório opera com 22,9% de sua capacidade, após subir 0,2 ponto percentual em relação a domingo (22).
O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto, que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).
Assim como o Alto Tietê, o Guarapiranga, o Cantareira e o reservatório Rio Grande tiveram mais chuva acima da média para o mês o que fez melhorar o nível dos reservatórios.
Apesar de o Estado passar pela maior crise hídrica de sua história, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, afirmou neste domingo que o risco de rodízio de água na região metropolitana de São Paulo “está cada vez menor”.
O Cantareira, por exemplo, opera com 13,3% de sua capacidade após subir 0,4 ponto percentual.
O percentual usado agora tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).
Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total – sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Se fosse considerado o valor divulgado anteriormente, o Cantareira estaria com 17,1% nesta segunda-feira.
Desde a semana passada, a Sabesp passou a divulgar os dois dados, após pressão do Ministério Público Estadual, que cobra mais transparência na veiculação de informações sobre a crise da água em São Paulo.
O Cantareira abastece 5,6 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista – eram cerca de 9 milhões antes da crise. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.
O Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, chegou a 83,8 % de sua capacidade após subir 0,8 ponto percentual em relação ao dia anterior.
O reservatório Rio Grande, que abastece 1,5 milhão de pessoas na região do ABC, é o que tem a melhor situação entre os reservatórios, operando com 98,3% de sua capacidade. No domingo, o índice era de 98,1%.
OUTROS RESERVATÓRIOS
Já o reservatório Rio Claro, que também atende 1,5 milhão de pessoas, subiu para 42,9%. No domingo, o índice era de 41,3%.
O sistema Alto Cotia subiu 0,7 ponto percentual e tem agora 62,9%. O reservatório fornece água para 400 mil pessoas.
A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.