O Paraná Clube vive nessa quarta-feira (dia 25) um ambiente de tensão e incertezas. O treino da equipe, pela manhã, no CT Racco, teve os jogadores com rostos preocupados. As brincadeiras e sorrisos nas pausas dos trabalhos, que eram marca desse grupo desde o início de 2015, não foram vistas nessa quarta-feira.

O motivo é a incerteza no departamento de futebol. Com a renúncia do presidente Rubens Bohlen, na última terça-feira, quase todos jogadores e integrantes da comissão técnica podem deixar o clube.

O vice Luiz Carlos Casagrande, Casinha, assumiu a presidência e só fará um pronunciamento sobre a situação do clube na sexta-feira.

A tendência é que o grupo Paranistas de Bem assuma nos próximos dias o departamento de futebol, sob o comando de Durval Lara Ribeiro, o Vavá, que foi diretor de futebol na gestão de José Carlos de Miranda, de 2004 a 2007. Na época, Vavá tinha fortes ligações com a LA Sports. Com isso, correm risco de demissão o gerente de futebol Marcos Vinícius e o supervisor Fernando Leite. Os dois sempre acompanhavam os treinamentos da equipe, mas não foram vistos nessa quarta-feira.

Até o técnico Luciano Gusso corre risco de demissão após o Paranaense. A tendência é que um treinador ligado ao novo grupo político seja contratado.

Ao apresentar sua carta de renúncia, Rubens Bohlen afirmou que recebeu ameaças de João Luiz de Carvalho, o João Kitéria, integrante do Paranistas de Bem e ex-presidente Torcida Organizada Fúria Independente. Segundo o dirigente, o fato ocorreu no treino de segunda-feira, no CT Racco, na beira do gramado, e foi testemunhado por jogadores. Kitéria nega ter feito ameaças e disse apenas discutiu com Fernando Leite.

No treino dessa quarta-feira, o único jogador a dar entrevistas foi o meia Lúcio Flávio, 36 anos. Ele disse que não viu o ocorrido na segunda-feira. Eu particularmente não vi. Eu não estava mais no clube. O elenco falou pouco disso. A gente lamenta, se de fato ocorreu, declarou o jogador.

Lúcio Flávio também falou do clima de incertezas no elenco. É a partir de agora que saberemos se haverá mudança ou não. É tudo muito recente e não foi passado nada para nós. O que nos resta é continuar nosso trabalho, a gente assinou contrato com a instituição, comentou. As pessoas passam, nós passaremos. Esperamos que as pessoas que vão assumir o clube tenham essa sensibilidade também, explicou.