SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O número de contratos de locação residencial assinados no Estado de São Paulo subiu 29,7% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro, segundo dados do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). Ao todo, foram pesquisadas 1.183 imobiliárias em 37 cidades paulistas.
“Janeiro é o mês em que, tradicionalmente, muitas famílias se mudam por causa da troca de escola dos filhos ou de emprego e há também a chegada às cidades com grandes universidades e faculdades dos jovens aprovados nos vestibulares, o que cria uma demanda extra”, diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.
Em janeiro do ano passado, o crescimento no número de locações foi de 28,5% sobre dezembro de 2013, e de 16,4% em janeiro de 2013 em relação a dezembro do ano anterior.
A locação residencial subiu nas quatro regiões pesquisadas: 45,3% na capital, 25,4% no litoral, 24,6% no interior e 9,06% na Grande SP.
VALORES
A comparação dos valores médios dos alugueis em janeiro desse ano ante o mesmo período de 2014 aponta para um redução de preços no Estado.
Em bairros de áreas nobres, a queda foi de 4,6%, passando de R$ 2.263 em janeiro de 2014 para R$ 2.159 em 2015.
No caso dos imóveis situados em bairros da área central das cidades, a queda no aluguel médio foi de 3,9%, com o valor caindo de R$ 1.178 para R$ 1.132.
Nos bairros de periferia, a retração do aluguel foi menor, de 2% –o valor passou de R$ 884,9 para R$ 867,5.
PERFIL E DESCONTOS
O aluguel de casas e apartamentos com valores de até R$ 1.000 foi o mais firmado em janeiro no Estado, representando 56,2% das novas locações contratadas. As casas somaram 53,9% do total, e os apartamentos, 46,1%.
As mesmas imobiliárias que alugaram esses imóveis receberam de volta outras 1.527 unidades, o equivalente a 71,8% do total de novas locações no mês.
Os locadores concederam aos novos inquilinos descontos sobre os aluguéis inicialmente pedidos de, em média, 7,9% nos imóveis de áreas nobres, 8,1% nos de bairros periféricos e 9,88% nas áreas centrais.
INADIMPLÊNCIA E FIANÇA
A inadimplência nas imobiliárias pesquisadas pelo Creci-SP aumentou 3,9% em janeiro. Ela estava presente em 2,82% dos contratos em vigor em dezembro e chegou a 2,93% no mês seguinte.
A maioria dos proprietários, 60,6% deles, preferiu o fiador como meio de se garantir em caso de inadimplência dos inquilinos.
A segunda modalidade de fiança mais adotada foi o depósito de três meses do aluguel, presente em 18,8% dos contratos, seguida pelo seguro de fiança (13,5%).
Outros 6,6% optaram pela caução de imóveis e 0,6% não exigiriam nenhuma forma de garantia para a locação.