FLÁVIA FOREQUE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um dia após ser confirmado como novo ministro da Educação, o filósofo Renato Janine Ribeiro afirmou, em rede social, que está debruçado sobre “dossiês” sobre a pasta, um dos “mais complexos e mais ricos da Esplanada”. Na manhã deste sábado (28), ele destacou a importância da educação e disse esperar que o tema seja “um destes pontos que permitam unir o país, gente de um lado ou de outro mas que sabe que sem educar não se avança”. A declaração é feita num momento em que o governo da presidente Dilma Rousseff enfrenta baixos índices de popularidade, e resistência de congressistas sobre temas prioritários, como o ajuste fiscal. Ribeiro agradeceu os cumprimentos que recebeu desde a confirmação de sua escolha, na tarde de ontem, e narrou a véspera do anúncio. Na última quinta-feira, contou, recebeu um telefonema do ministro Aloysio Mercadante (Casa Civil) para ir a Brasília e assumir a nova função. “Aceitei. Cancelei alguns compromissos -um deles seria participar da performance, longa mas que deve ser fascinante, da Marina Abramovic no Sesc”, afirmou. O novo ministro já se encontrou com o secretário-executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa e destacou os números do MEC. “Bom lembrar que são 50 milhões de alunos e 2 milhões de professores! É o Brasil que está lá – subindo a ladeira”. Professor da USP (Universidade de São Paulo), Ribeiro assume o comando da pasta no lugar de Cid Gomes (Pros), que deixou o cargo após conturbada sessão na Câmara dos Deputados. Ele foi ao Congresso se explicar sobre a fala que disse, em fevereiro, alegando que a Casa tem “300, 400 deputados” achacadores.