GIULIANA DE TOLEDO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os falsetes e os assobios de Mark Foster, líder da banda americana Foster The People, ficaram encobertos quando o hit maior do grupo, “Pumped Up Kicks”, foi tocado no início desta noite no palco Skol do Lollapalooza.
A gritaria era imensa, de um coro de gente que cobria toda a área livre em frente ao palco -em comparação, era pelo menos o dobro do público que assistiu a Jack White encerrar a noite do sábado (28).
O sucesso -assobiado mesmo antes de o show começar, enquanto se esperava- só foi entregue no final do show, como a penúltima música, seguida do também hit “Don’t Stop (Color On The Walls)”, que fez o público saltar.
Esconder a voz de Foster nos refrões também não estava tão difícil: do lado direito da plateia -no sentido de quem vê o palco-, o som era baixo, mesmo estando perto.
Com a plateia muito animada, a banda californiana também arrancou coros altos em “Helena Beat” e “Call It What You Want”, sucessos do álbum de estreia, “Torches” (2011). Do álbum mais recente, “Supermodel” (2014) -cheio de letras críticas ao consumismo-, conseguiram ótima resposta com “Coming of Age” e “Are You What You Want to Be?”.
FOSTER THE PEOPLE
HORÁRIO 17h35
PALCO Skol
VISUAL cada um na sua: enquanto Mark Foster usava camisa e blazer -e meias bordô, um dândi-, um dos baixistas vestia camiseta branca simples, bermuda preta e um pano branco -um lençol, uma tolha de mesa?- como uma espécie de capa
QUANTO DUROU uma hora e 15 minutos
QUANTO PODERIA TER DURADO com o público na mão, poderiam seguir com umas duas canções
O “CARA” NO SHOW Mark Foster. E poderia ser diferente? Está no nome do grupo e concentra as atenções
KOOKS
Formado por jovens bem apessoados, com um repertório pop chiclete facilmente mastigável, o The Kooks é uma espécie de boy band com guitarras, do que também serve como evidência o expressivo fã clube feminino que gritou sem para ao longo do show da banda na tarde deste domingo (29), no Lollapalooza.
Contando com um som tecnicamente impecável e o calor da plateia para enfrentar a tarde nublada e chuvosa, que deve tê-los feito sentir-se em casa, os ingleses fizeram um show daqueles de se acompanhar com palminhas e corinhos de “ooo” e “aaa”, presentes em boas partes de suas canções.
Liderado pelo vocalista e guitarrista Luke Pritchard, o quarteto dividiu o repertório basicamente entre as faixas do disco mais recente, “Listen” (2014), como o rock “Bad Habit” e a balada “See me Now”, e os sucessos de seu primeiro álbum (“Inside In/Inside Out”, 2006).
Ora mais dançante, com toques de eletrônica (“Westside”), ora mais roqueiro (“Always where I Need to Be”), o repertório do Kooks tem também as inevitáveis baladas, tanto de violão (“Seaside”) quanto de piano (“See me Now”).
Sucessos como “Ooh La”, “She Moves in Her Own Way” e “Junk of the Heart” foram responsáveis pelos momentos de maior frisson e deixaram a banda impressionada (nas palavras de Pritchard) com a recepção dos fãs brasileiros.
THE KOOKS
HORÁRIO 16h30
PALCO Onix
O VISUAL indie moderninho, com cabelos volumosos em três quintos da banda
QUANTO TEMPO DUROU 57 minutos
QUANTO TEMPO DEVERIA TER DURADO 57 minutos
QUEM É “O CARA” DO SHOW O performático vocalista Luke Pritchard
Colaborou MARCO AURÉLIO CANÔNICO