SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A polícia turca prendeu nesta quarta-feira (1º) 22 pessoas supostamente vinculadas ao grupo clandestino de esquerda que reivindicou o sequestro que terminou com a morte de um magistrado e dois ativistas em um tribunal de Istambul na terça (31). A operação aconteceu na cidade de Antalya (sul) contra 22 estudantes suspeitos de vínculos com a Frente Partidária Revolucionária pela Libertação Popular (DHKP-C, na sigla em turco), que reivindicou a invasão da corte. Segundo a agência de notícias Dogan, a polícia recebeu informações que davam a entender que o DHKP-C preparava ações similares à de terça-feira. Após a manutenção do promotor Mehmet Selim Kiraz como refém durante horas por dois militantes armados, as forças de segurança mataram os invasores. O promotor, ferido durante a troca de tiros entre os militantes e a polícia, morreu em um hospital. O magistrado investigava as circunstâncias da morte do adolescente Berkin Elvan, em 11 de março de 2014, depois de passar 269 dias em coma após ser atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo pela polícia durante um protesto em 2013 em Istambul. A DHKP-C, de viés socialista, é considerada uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Mais ativo nos anos 1970, o grupo continua fazendo ataques esporádicos. Em 2013, fez um atentado suicida à embaixada americana, provocando a morte de um agente de segurança.