Em 100 anos de história do Campeonato Paranaense, em apenas quatro houve finais apenas com times do Interior. Neste ano, a última esperança da capital é o Coritiba. O time enfrenta o Londrina neste domingo (19), às 16 horas, por uma vaga na decisão deste ano. Quem triunfar enfrentará Operário de Ponta Grossa ou Foz do Iguaçu na decisão.

Para chegar à final, contudo, o Coritiba desafia barreiras que transcendem o fato de, por ser o time da capital, tornar-se o alvo dos outros. Barreira 1: o Londrina joga por um empate. Barreira 2: o Londrina tem a defesa menos vazada do Estadual – seis gols sofridos em 14 jogos, média de 0,6 gol por jogo. Barreira 3: o Tubarão levou a melhor quando jogou fora de casa no mata-mata do Estadual. Nas quartas-de-final, eliminou o Maringá após vencê-lo em Maringá no tempo normal (2 a 1) e nos pênaltis (4 a 3).

Diante dessa equipe, o Coritiba precisa de um triunfo por dois ou mais gols de diferença. Se vencer por apenas um gol, a disputa da vaga vai para os pênaltis. O gol fora de casa, um critério de desempate em competições como a Copa do Brasil, não tem valor. O fato de os coxas-brancas terem melhor campanha também não pesa nada.

Outro desafio é a perspectiva de jogar sem seu artilheiro, Rafhael Lucas. O atacante acusou um desconforto muscular na quinta-feira (16), não treinou na sexta-feira (17) e é dúvida para domingo. O jogador atuou em todas as 14 partidas do Estadual até agora e marcou 11 gols. No treino desta sexta-feira, o técnico Marquinhos Santos testou algumas possiblidades, com a entrada de Wallyson no ataque e até mesmo o reposicionamento de Carlinhos para uma função mais ofensiva, com Welinton na lateral-esquerda.

A única coisa que o treinador deixou claro é que, mesmo que precise de gols, o time não pode deixar de marcar o adversário. Os atacantes Wellintgon Paulista e Negueba, que atuam pelos lados do campo, dizem ter assimilado a ordem. Na Europa, isso já vem de bastante tempo, sempre teve um jogador aberto na ponta, marcando lateral. Aqui no Brasil não tinha isso. No máximo, o atacante voltava até o meio e não marcava muito. Se o cara não correr e não ajudar, não joga em lugar nenhum, falou Wellintgon Paulista.

Londrina

Como jogo por um empate, o Londrina vai apostar numa marcação reforçada. Mesmo porque o atacante Arthur está suspenso – os outros desfalques são o lateral Lucas Ramon e o atacante Neilson, machucados. Com isso, o time deverá entrar num 4-4-2 – no primeiro jogo da final, em Londrina, o time estava com três atacantes. O volante Germano, contudo, disse que o time não pode se preocupar apenas em marcação. Dentro dessa vantagem que levamos para Curitiba, temos que competir com eles. Não podemos só defender. Com a bola, tem que procurar jogar, falou ele.

 

Coritiba x Londrina

Coritiba

Vaná; Norberto, Luccas Claro, Welinton e Carlinhos; Hélder, João Paulo e Alan Santos; Wellintgon Paulista, Rafhael Lucas (Wallyson) e Negueba. Técnico: Marquinhos Santos

Londrina

Vitor; John Murillo, Dirceu, Silvio e Alan Vieira; Bidia (Léo Maringá), Germano, Diogo Roque e Rone Dias; Everton e Paulinho. Técnico: Claudio Tencati

Árbitro: Edivaldo Elias da Silva

Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba, domingo, às 16 horas