SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça paulista negou nesta sexta-feira (17) o pedido de revogação da prisão do zelador Francisco da Costa Silva, 31, suspeito de matar o motoboy Júlio César Galvão a tiros, na semana passada, na região de Perdizes, zona oeste de São Paulo. Também foi negado o pedido de segredo de justiça feito pela viúva da vítima.
O crime aconteceu no último dia 9, na rua Apinajés, durante uma discussão entre Silva e o motoboy. Inicialmente, testemunhas afirmam que o zelador costumava assediar a mulher de Galvão, Kátia Gonçalves, 28. Dias depois, no entanto, em depoimento à polícia, ela admitiu que mantinha um relacionamento com o Silva.
Na decisão desta sexta, o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri, argumentou que não concederia a revogação da prisão porque o acusado fugiu, as investigações ainda não foram encerradas e restam diligências a serem realizadas. “Apesar de admitir a autoria dos disparos, sequer apresentou à polícia a respectiva arma, alegando que a jogou de um viaduto”, disse.
Já quanto ao segredo de justiça pedido pela defesa da viúva da vítima, ele afirmou que não se justificava tendo em vista a ampla divulgação do caso pela mídia, “o que, por si só, já explicita a inutilidade do sigilo pretendido”.
A polícia ainda investiga detalhes do crime, mas informações até agora apontam que Galvão foi tomar satisfação com Silva, que no meio da discussão sacou uma arma atirou, atingido o motoboy no peito e no abdômen. Ele chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, mas morreu no hospital.
Após se entregar à polícia, no dia seguinte ao crime, Silva disse que comprou a arma em uma feira de rua, por R$ 500, e que atirou porque acreditava que Galvão também estivesse armado. Ele também afirmou que o casal tentava extorquir dinheiro dele para que não fosse revelado à sua mulher o romance que ele mantinha com Kátia.
A acusação de extorsão foi negada pela jovem, mas a polícia apreendeu os celulares dela e do zelador, que deverão passar por perícia para confirmar o romance entre eles e a possível extorsão da mulher e seu marido contra o suspeito.
O zelador, que é casado, tem uma filha de 12 anos e é natural da Paraíba. Ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada na semana passada.