A comunidade da pequena Herval d’Oeste está chocada com o final trágico de Mariane Telles, 17, encontrada morta na localidade de São João do Jacutinga, em Jaborá (468 km de Florianópolis), no Oeste catarinense. Ela estava desaparecida há 30 dias e seu corpo foi achado por agricultores locais, durante a colheita de pinhão. A adolescente foi sepultada na tarde desta sexta-feira (17).

Ela foi encontrada em uma propriedade particular e estava caída ao ar livre. Devido ao avançado estado de decomposição, o reconhecimento foi realizado por análise da arcada dentária. Mariane usava aparelho de correção nos dentes.

O delegado responsável pelo caso, Daniel Régis, ainda prefere não passar detalhes da investigação, mas afirmou que certamente se trata de um caso de homicídio.

Segundo ele, todos estão consternados com o que aconteceu, e a prioridade da polícia é dar uma satisfação do que aconteceu aos pais da vítima e “se Deus quiser, apresentar o indivíduo que cometeu esse ato criminoso”.

Mariane sumiu em 16 de março, de Joaçaba (36 km de Jaborá e 431 de Florianópolis), após cumprir apenas metade do expediente como estagiária numa unidade do Senai.

Colegas estranharam a saída repentina da adolescente, que nunca se atrasava e era bastante dedicada ao trabalho. Há informações de que ela deixou o local possivelmente em companhia de um homem que a encontrou na saída.

A garota morava com os pais em Herval d’Oeste (425 km de Florianópolis). Como não voltou para casa no horário de sempre, os pais da adolescente mobilizaram familiares, amigos e a polícia para procurá-la.

Os dias foram passando e não havia pistas do paradeiro de Mariane, nem com centenas de cartazes espalhados pela região com sua fotografia.

Pais, parentes e amigos descreveram o perfil da adolescente como responsável, meiga e sempre pronta a ajudar os outros. À imprensa, durante o velório, uma amiga de infância de Mariane afirmou que estava com sentimento de raiva a pedia a prisão rápida do criminoso.