SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Promotores disseram ter detido o capitão tunisiano e um sírio que integrava a tripulação do barco que naufragou com 700 pessoas a bordo no mar Mediterrâneo no fim de semana.
Segundo o promotor Rocco Liguori, os dois homens foram indiciados por colaborar com a imigração ilegal. O capitão também foi acusado de homicídio múltiplo por imprudência relacionado ao naufrágio.
Os dois foram detidos dentro do barco que levou os 28 sobreviventes resgatados até a Sicília.
Estimativas iniciais apontam que havia 700 pessoas a bordo do barco que partiu da Líbia, mas um sobrevivente de Bangladesh chegou a mencionar 950, número considerado alto pelas autoridades.
Dificilmente se saberá a quantidade exata porque não há controle sobre quantos partiram da África nem quantos caíram no mar profundo durante a travessia.
Pelo menos 20 navios foram deslocados para o resgate, a 70 milhas náuticas da Líbia.
A maioria dos passageiros do barco que afundou no sábado à noite era da África subsaariana, de países como Eritreia, Somália e Sudão.