Um grupo especializado em compras de participações acionárias em empresas chegou um acordo, nesta segunda-feira (20), para comprar o Cirque du Soleil, a famosa trupe de circo de Montreal que se tornou um sucesso internacional. O negócio está avaliado em 1,5 bilhão de dólares canadenses (cerca de R$ 3,7 bilhões), segundo bastidores da negociação.

O grupo americano TPG está entre as companhias que formam o grupo e deverá comprar a participação majoritária, enquanto a Fosun da China e o fundo de pensão e investimento de Quebec vão levar posições minoritárias. O fundador do Cirque, Guy Laliberté, vai manter uma pequena participação.

A aquisição vai ajudar, em parte, o Cirque a entrar no mercado chinês, onde tem problemas. Em 2012, uma grande produção da trupe em Macau foi encerrada prematuramente devido à baixa presença do público.

A Fosun, que faz parte do grupo que é dono da rede Club Med, tem investido pesadamente em negócios de entretenimento e lazer. Ela planeja abrir um escritório na China para fazer com que o Cirque cresça por lá.

Impasse

A venda poderá ser politicamente delicada em Quebec, onde o Cirque tem sua sede e é um grande empregador. Em 2012, a província efetivamente bloqueou o acordo pelo qual a Lowe compraria uma empresa baseada em Quebec.

A inclusão de um fundo de pensão canadense no negócio, que só foi alcançado neste final de semana, pode ajudar a afastar tais preocupações. O anúncio da aquisição também tentou enfatizar o compromisso com a herança, citando a vibrante comunidade criativa de Montreal. O negócio também inclui garantias de que a sede e o centro de serviços criativos e artísticos vão continuar em Montreal.