Após 10 dias da cirurgia em que Sofia Gonçalves de Lacerda, de um ano e três meses, foi submetida para a troca de cinco órgãos, a mãe da menina, Patrícia de Lacerda, afirmou que a menina foi autorizada pelos médicos a deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Jackson Memorial Hospital, em Miami, nos Estados Unidos.

Segundo Patrícia, o quadro da menina não é mais considerado de alto risco. A menina vai continuar internada no mesmo hospital, informou Patrícia à reportagem do G1. 

Sofia nasceu com Síndrome de Berdon, uma doença rara que causa a má formação de vários órgãos do sistema digestivo. No transplante, a criança recebeu estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado e cólon. Não foi preciso trocar um dos rins, como foi anunciado pelos médicos antes do procedimento. Os órgãos doados eram de um bebê do estado da Flórida, segundo a mãe.

Sofia sequer conheceu a casa dos pais, em Votorantim (SP), já que sempre ficou hospitalizada. A menina chegou a ser submetida a três procedimentos cirúrgicos no Brasil, mas ainda necessitava de atendimento especializado para a síndrome rara e para o transplante multivisceral, que não é realizado no país. A transferência para os EUA só aconteceu por determinação da Justiça, que ordenou que a cirurgia, estimada em R$ 2 milhões, fosse paga pelo governo brasileiro.