SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após um dia sem chuvas, os níveis de parte dos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo registraram queda nesta terça-feira (21). O sistema Cantareira, que abastece a maior parte da região, se manteve estável, com 15,5% de seu nível, de acordo com com balanço da Sabesp.
O nível da represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista recuou 0,3 ponto percentual e opera com 82,6% de capacidade.
Os sistemas Rio Grande e Rio Claro caíram 0,1 ponto percentual cada. O reservatório de Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 96%. O Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 45% de capacidade.
O sistema Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, se manteve estável e opera com 65,2% de capacidade.
O sistema Alto Tietê, cujo nível subiu para 22,3% na segunda, também permaneceu estável. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).
O Cantareira abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.
O percentual usado agora tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas). Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total -sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água.
Após o Ministério Público pedir que a Sabesp alterasse a forma de divulgação diária do volume disponível do Cantareira, a Justiça determinou em caráter limitar que a estatal informe o “volume negativo”, que é a diferença entre o volume útil e a água disponível. Nesta segunda, o “volume negativo” está em -9,3%, o mesmo índice registrado há dois dias.
A Sabesp pediu à Arsesp, órgão de regulação estadual, um reajuste de 22,7% na conta de água. O percentual é maior do que a inflação e do que os 13,8% já autorizados pela agência reguladora. Segundo a empresa do governo Alckmin (PSDB), essa alta serviria para contornar os gastos extras com a atual crise hídrica no Estado de São Paulo.
Neste sábado (18), o prefeito Fernando Haddad sancionou a lei que prevê multa de R$ 250 para quem lavar calçadas.
A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.