SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após dois meses seguidos de queda, os roubos no Estado de São Paulo voltaram a crescer no mês de março deste ano, com uma alta de 3,6% no número de casos em comparação com o mesmo período em 2014.
Em março, houve 27.793 casos no Estado, em comparação aos 26.836 casos registrados no ano passado. Na capital, foram 14.217 registros em 2015, contra os 14.093 casos em 2014, 0,9% a mais.
Os números revertem o cenário apresentado pelo governo paulista no mês passado. Isso porque em janeiro e fevereiro deste ano, os registros de roubos haviam apresentado queda, sempre na comparação com os mesmos meses de 2014.
Ao longo de 2014, o governo atribuiu ao menos parte do aumento dos desses crimes à delegacia eletrônica, que desde dezembro de 2013 permite que se façam boletins de ocorrência de roubo pela internet. A medida teria diminuído a subnotificação.
HOMICÍDIOS
O número de vítimas de homicídio, que já havia subido na capital paulista em fevereiro, voltou a ter pequena alta em março, sempre na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo dados divulgados nesta sexta (24), 113 pessoas foram assassinadas em março na cidade de São Paulo, uma alta de 2,7%.
Já no Estado, o número de vítimas de homicídio diminuiu, de 364 em março de 2014, para 356, no mês passado, uma queda de 13,1%.
Apesar de pequenas variações, ora positivas, ora negativas, os homicídios vinham se mantendo estáveis no último ano em São Paulo. O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, deve conceder uma coletiva na tarde desta sexta-feira (24) para analisar os novos números.
A alta de homicídios registrada na capital vem num momento em que várias mortes em série assustam moradores de alguns bairros, como o jardim São Luiz, na região do Campo Limpo (zona sul).
Na área, dez pessoas foram mortas a tiros e outras cinco ficaram feridas em uma série de ataques em pontos próximos na noite de 6 de março. Essas vítimas já foram contabilizadas nas estatísticas divulgadas nesta sexta.
No último dia 16, também houve uma série de ataques em Parelheiros (zona sul), que terminou com seis mortos. E, no fim de semana passado, oito pessoas morreram numa chacina na sede da Pavilhão Nove, torcida do Corinthians, na zona oeste.
Esses casos farão parte das estatísticas que serão divulgadas no mês que vem.