SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quatro dos seis reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo se mantiveram estáveis, segundo dados divulgados pela Sabesp neste domingo (26). De acordo com o balanço, o Cantareira opera com 15,5% de sua capacidade. O sistema abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas. A escassez de água levou o governo Alckmin (PSDB) a antecipar a programação de obras previstas para 2035. A prioridade é construir adutoras que levem água a áreas atendidas pelo Cantareira, o maior sistema da Grande SP, que está em situação crítica desde 2014. O percentual usado agora tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas). Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total – sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Após o Ministério Público pedir que a Sabesp alterasse a forma de divulgação diária do volume disponível do Cantareira, a Justiça determinou em caráter limitar que a estatal informe o “volume negativo”, que é a diferença entre o volume útil e a água disponível. Nesta quinta, o “volume negativo” ficou em -9,2%. A Sabesp pediu à Arsesp, órgão de regulação estadual, um reajuste de 22,7% na conta de água. O percentual é maior do que a inflação e do que os 13,8% já autorizados pela agência reguladora. Segundo a empresa do governo Alckmin (PSDB), essa alta serviria para contornar os gastos extras com a atual crise hídrica no Estado de São Paulo. OUTROS RESERVATÓRIOS O sistema Alto Tietê, abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, opera com 22,4% de sua capacidade após avançar 0,1 ponto percentual na quinta (23). No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto, que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo). O manancial Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 65,7% de capacidade. O Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, teve o maior índice de chuva, com 26,8 mm, e subiu para 47,3%. O nível da represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, caiu: tinha 82,6 no sábado e marcava 82,4 neste domingo. Já o sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 95,8% de capacidade. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.