THALES DE MENEZES SAO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O show do Kiss que encerrou a sexta edição do Festival Monsters of Rock neste domingo (26) agradou aos fãs de todas as idades. E eles estavam lá: eram 35 mil deles, que assistiram a uma hora e meia de show. Foram 47 minutos de atraso -a banda abriu o show às 23h17. Mas tudo foi perdoado. Mais do que uma banda de rock, o Kiss é um show para os olhos, sem novidades, mas sempre exuberante. Uma espécie de “Holiday on Ice” do rock pesado. O grupo liderado por Paul Stanley e Gene Simmons se tornou um refém de seu espetáculo pirotécnico e barulhento. Se as labaredas não subirem no palco ao som das músicas que todos na plateia escutam desde adolescentes, a decepção pode ser geral. Então o Kiss faz tudo certo, para só restar correr para o abraco. Abre o show com “Detroit Rock City”, com todas as explosões esperadas, faz declarações de fidelidade ao público paulistano e começa a passear pelo repertorio de quase todos os álbuns. Os brasileiros se sentem diante de um “greatest hits” ao vivo. De “Deuce”‘, do álbum de estreia, de 1974, a “Psycho Circus”, de 1998, passando por “Lick It Up”‘, de 1983, a banda vai e volta no tempo, mostrando como um repertório matador vale mais do que qualquer coisa. Para o público, a sensação que fica é a de ter visto seus heróis de perto. Gene Simmons está no mesmo status de um Capitão America ou um Luke Skywalker. Enfim, show do Kiss é aquela coisa boa de sempre. Mais ainda começa com “Detroit Rock City” e termina com “Rock and Roll All Nite”.