O Câncer de Mama é o câncer mais comum entre as mulheres (excluindo-se os carcinomas de pele não melanoma) e o quinto que mais mata entre todos os tipos da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mulheres a partir dos 50 anos devem fazer rotineiramente o rastreamento mamário afim de buscar o diagnóstico precoce. De acordo com pesquisa realizada pela Bayer, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (EPM UNIFESP), nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, 55% das entrevistadas conhece alguém que já teve câncer de mama.

Esse tipo de câncer é causado pela multiplicação anormal das células da mama, que podem vir a formar um tumor maligno. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2014 foram estimados mais de 57 mil novos casos e mais de 13 mil óbitos em decorrência da doença. 

Na pesquisa em parceria com a EPM UNIFESP, os dados são otimistas e apontam que 56% das entrevistadas já fez exames de rastreamento para detectar alterações na mama. O estudo trouxe um cenário bastante positivo no combate à doença. Cerca de 90% das mulheres entrevistadas acredita na cura para o câncer de mama e 80% delas acha que, com diagnóstico precoce, é possível aumentar a chance de cura.

“Há muitos fatores de risco que podem aumentar a chance de desenvolver câncer de mama, mas ainda não se sabe exatamente quais deles tornam as células cancerígenas. Os hormônios desempenham um papel importante em muitos casos, por isso, a necessidade do diagnóstico precoce com a mamografia e ressonância magnética”, esclarece o mastologista Afonso Nazário, da Universidade Federal de São Paulo.

Uma das causas é a alteração no DNA, composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Alguns genes do corpo humano recebem instruções para controlar o crescimento e a divisão das células, eles são chamados oncogenes. Há os que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no momento certo, estes são os supressores do tumor. Sendo assim, os cânceres podem ser causados por alterações no DNA, ora transformado em oncogene ora desativando os genes supressores do tumor.

O diagnóstico precoce do câncer de mama é muito importante no combate à doença. Atualmente,  a mamografia é o principal exame de imagem  utilizado como método de rastreamento. Entretanto, estudos recentes mostram que a ressonância magnética (RM) com contraste, desempenha importante papel não só na detecção da doença, mas na avaliação de sua extensão. “Ainda assim, para o controle do câncer de mama, é recomendado que as mulheres realizem exames periodicamente, mesmo que não tenham alterações”, alerta o especialista.

A RM atua como exame complementar à mamografia e é recomendada em mulheres com alto risco para desenvolver câncer de mama, como mulheres com histórico familiar sugestivo de câncer de mama hereditário ou com mutação comprovada do gene BRCA, no caso de carcinoma oculto de mama, aqueles nos quais  há um gânglio positivo e a mamografia não identificou, em mulheres com mamas densas,  e quando há discordância ou dúvidas entre os exames de imagem convencionais.

“A ressonância magnética já se mostrou bastante eficaz no diagnóstico precoce da doença, o que influiu diretamente no número de óbitos por câncer de mama. Além disso, a qualidade do exame é fundamental para um diagnóstico mais preciso com equipamentos de alto campo e meios de contraste intravasculares”, esclarece Dra. Suzan Goldman, radiologista docente da Escola Paulista de Medicina. “A expectativa é que o exame seja cada vez mais utilizado na detecção de nódulos malignos em mulheres mais jovens, por exemplo”, completa.