O Centro Cívico amanheceu tomado ontem por tropas policiais militares que fizeram um cordão de isolamento impedindo que professores e demais servidores públicos estaduais entrassem no prédio da Assembleia Legislativa para protestar contra a votação em primeira discussão do Projeto de autoria do Executivo que reestrutura o fundo financeiro da Paraná Previdência.
O presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), foi à Justiça e conseguiu uma liminar que impedia a desordem e pediu reforço policial militar. A partir de hoje vamos judicializar todas as questões que envolvam os professores. Resolvemos tomar essa iniciativa em defesa da integridade física de todos os deputados, defendeu Traiano. A decisão judicial estabeleceu multa de R$ 100 mil por dia em caso de danos ao patrimônio público.
O deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) foi o primeiro a se posicionar contra o fechamento das portas da Assembleia. Estamos caminhando para um regime de exceção. O parlamento não pode fechar as portas porque o povo está descontente do lado de fora. Nunca vi nada igual a isso, reclamou ele. O deputado estadual Tadeu Veneri (PT), líder da Oposição, questionou a decisão da presidência já que a decisão judicial de interdito proibitório não dizia que os professores não poderiam entrar, apenas que não poderiam depredar o patrimônio público. O regimento interno é claro ao dizer no artigo 109 que a população pode e deve acompanhar as ações da Casa.