O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra organiza protesto em diversas rodovias do Paraná neste feriado de 1º de maio (Dia do Trabalho). As mobilizações ocorrem principalmente nas praças de pedágio com a liberação das cancelas para que os motoristas sigam sem pagar. Em pelo menos seis praças de pedágio, as cancelas foram liberadas. 

Em Candói, no km 388 da BR 373,  grupo do MST liberou as cancelas da praça de pedágio. Em Céu Azul, BR 277, km 634, cerca de 100 integrantes do MST  liberaram as cancelas do pedágio. Na Lapa, BR 476, km 191, cerca de 50 integrantes do MST  liberaram as cancelas do pedágio.Em Ortigueira,  BR 376 km 321, cerca de 50 integrantes do MST liberaram as cancelas do pedágio. Em Imbaú,  BR 376, km 377,  integrantes do MST  liberaram as cancelas do pedágio.

Em Arapongas, BR-369, no m 168, integrantes do MST estão ocupando a praça de pedágio e liberando cancelas. Em Jacarezinho, são os professores que ocupam a praça de pedágio.

Não há registro de confusão em nenhum dos trechos, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Além de questões relacionadas ao movimento de agricultores, os integrantes também estão protestando em apoio aos professores do Paraná. De acordo com nota do MST, os trabalhadores exigem agilidade na realização da Reforma Agrária com o assentamento das 6 mil famílias acampadas, maiores investimentos na educação e o não fechamento de escolas, a realização de uma Reforma Política com participação popular, políticas públicas de inclusão e desenvolvimento social, democratização da mídia, e contra as tarifas abusivas dos pedágios.

Além disso, cobram maiores investimentos na produção, industrialização e venda de alimentos, a retomada das compras com doação simultânea do Programação Nacional de Alimentação (PAA), e Programação Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Participam da mobilização o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assesoar), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf/Pr), União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e Sistema Cresol de Cooperativas de Crédito Rural.

O MST marca o 1º de maio como dia de discussões por conta das atitudes da equipe econômica do segundo governo Dilma Rousseff (PT). O movimento critica os novos ajustes fiscais e também o Congresso conservador. Os trabalhadores destacam como retrocesso social o projeto que aumenta as terceirizações aprovado pela Câmara.