Cinco mil pessoas, segundo estimativa da Guarda Municipal, participam de protesto no Centro Cívico, em Curitiba, neste dia do Trabalho contra o que chamam de massacre de 29 de abril. Neste dia, mais de 200 professores foram feridos em confronto com a Polícia Militar quando protestavam contra a aprovação da reestruturação da Paraná Previdência. O protesto acaba por substituir a tradicional festa do trabalhador que sempre acontece na praça Nossa Senhora de Salete, cancelada em respeito aos feridos do dia 29.

Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR) com apoio da APP-Sindicato, a manifestação contou com a presença não só de servidores e professores, mas muito estudantes e profissionais liberais, além de muitos adolescentes e crianças, a maioria vestida de preto em sinal de protesto.  A deputada Luciana Genro (Psol) participou do evento e discursou. A vice-prefeita de Curitiba, Miriam Gonçalves(PT) também discursou. 

Além da manifestação organizada pela APP-Sindicato, um outro ato em apoio aos professores está sendo organizado pelas redes sociais. Marcado para acontecer às 16 horas em frente ao Palácio Iguaçu, a manifestação já conta com mais de 5 mil confirmações no Facebook. Na página do evento, os organizadores escrevem:

Temos que nos posicionar como sociedade contra o atentado a democracia e liberdade de expressão sofrido pelos nossos professores durante esta semana. Dia primeiro de maio é dia do trabalhador, é dia de LUTA! É dia de LUTO. LUTO por um Estado que funcione e que utilize de sua força policial para garantir a segurança da população, não para atentar contra os mestres do nosso estado.

Na terça, dia 5, haverá outra manifestação no mesmo local, quando também haverá assembleia da APP Sindicato para definir pelo fim ou não da greve.