SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo menos 52 civis morreram nesta sexta-feira (1º) em um bombardeio de aviões da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, contra posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no vilarejo de Bir Mahali, no norte da Síria, informou neste sábado (2) o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Em comunicado, a organização, que conta com uma ampla rede de voluntários no país, afirmou que o número de mortos pode aumentar porque outras 13 pessoas ainda estão desaparecidas. As vítimas, segundo o OSDH, pertencem a pelo menos seis diferentes famílias.
“O Observatório Sírio de Direitos Humanos condena nos termos mais enérgicos esse massacre perpetrado pela coalizão internacional contra uma população do município de Serrin, na província de Aleppo, sob o pretexto da existência de membros do Estado Islâmico no local”, afirma em nota.
Além disso, a entidade pede aos países que fazem parte da coalizão que julguem o responsável pelo massacre e reitera as solicitações para que ataques contra civis não sejam lançados.
A ofensiva já tinha sido informada nesta sexta (1º) pelo OSDH. Porém, a organização só sabia da existência de cerca de 60 vítimas, entre mortos e feridos, e não deu mais detalhes sobre o ataque.
Até então, segundo o OSDH, 70 civis tinham morrido na Síria após bombardeios da coalizão internacional, iniciados em 23 de setembro do ano passado.
O exército americano não confirma as mortes, mas informa que está investigando as alegações.
O porta-voz do Comando Central dos EUA, disse que ainda não há informações que corroborem as alegações do Observatório Sírio, embora a coalizão tome todas a medidas para reduzir os danos colaterais dos ataques.
Também ocorreram ataques a bases e veículos do EI no Iraque. No total, os Estados Unidos e seus aliados realizaram 24 bombardeios entre sexta-feira (1º) e sábado (2).