O secretário estadual da Educação, Fernando Xavier Ferreira, disse na quinta-feira passada que, conforme a duração da nova greve dos professores, o calendário escolar poderá sofrer perdas irreparáveis. Isso porque o cronograma de aulas para este ano já foi refeito após a primeira paralisação, que durou 29 dias, o que consumiu todas as reservas disponíveis para reposição de aulas.
A greve anterior já prejudicou muito o calendário escolar. Os jovens, principalmente aqueles que estão concluindo agora o ensino médio, podem ser prejudicados de uma maneira muito difícil de sanar. Sem dúvida os mais afetados são os estudantes que farão o Enem e vestibular, afirmou o secretário.
Além da perda de conteúdo pedagógico para cerca de um milhão de crianças e adolescentes, Ferreira reitera que a paralisação das aulas causa diversos transtornos, como a impossibilidade de entrega da merenda e a logística do transporte escolar.
O transporte dos alunos funciona em convênio com os municípios. Portanto, haverá momentos em que não teremos frota de ônibus disponível. E os agricultores familiares também saem perdendo, pois sem conseguir entregar a merenda, perdem a produção, explicou. Ferreira afirmou que, por enquanto, não é possível definir como será feita a reposição de aulas deste novo período, pois isso depende da duração do movimento dos educadores.