O Paraná que decepcionou no começo de temporada é coisa do passado. Na próxima sexta-feira, quando o time entrar em campo contra o Ceará na Vila Capanema, uma nova fase dentro do clube será inaugurada. Com a nova comissão técnica e um time praticamente novo, a nova diretoria, liderada por Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, tem de começar a dar resultados.

A promessa é de que o aporte financeiro de R$ 400 mil mensais prometido pelo grupo “Paranistas do Bem” finalmente alivie um pouco a crise financeira e ajude o clube a finalmente voltar à Primeira Divisão, após oito anos na Série B.

A reformulação dentro do futebol pode ser dada quase que por completa com a contratação do técnico Nedo Xavier. Apresentado ao elenco no último sábado, ele substitui Luciano Gusso, aposta de Rubens Bohlen e que deixou o clube junto com sete integrantes da comissão técnica. Antes, já treinava a equipe interinamente o supervisor Fernando Miguel, ex-jogador do clube.

As mudanças no time também são muitas. Na última sexta, o clube confirmou as contratações do lateral-esquerdo Elbis, ex-Atlético-GO, e do atacante Henrique, ex-XV de Piracicaba. Eles se juntam aos zagueiros Zé Roberto e Rodrigo, ao volante Washington e aos meias Eder e Rafael Costa na lista de confirmados.

Com o fim dos principais Estaduais, novos nomes devem ser confirmados para a Série B. O lateral Gimenez, do Botafogo (SP), os meias Ruy e Pedrinho e o atacante Douglas, todos do Operário, são alguns dos nomes especulados.

O problema é que o tempo é curto. Antes de ser demitido, Luciano Gusso, três semanas atrás, já havia alertado que seria difícil chegar com o time pronto para a Série B por conta da demora para a chegada dos reforços. Com as mudanças na comissão técnica, a preparação pode ter atrasado mais um pouco. A questão é saber se haverá paciência com o treinador — algo que faltou ao clube recentemente, tanto que nos últimos oito anos foram 19 técnicos.