Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que existem “elementos muito fortes” para continuar a investigação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suposta participação no esquema deflagrado pela Operação Lava Jato.
O documento da Procuradoria é uma resposta a recurso apresentado pela defesa do parlamentar no qual é solicitado o arquivamento do inquérito contra o peemedebista. Janot classifica ainda como “despropositada” a versão apresentada por Cunha na qual o presidente alega “fraude” no sistema de informática da Câmara, que apontava o parlamentar como autor de requerimentos na Câmara que são motivo de investigação na Lava Jato.O presidente da Casa nega que tenha sido o autor dos requerimentos, protocolados pela então deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ). Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que no sistema de informática da Câmara, contudo, Cunha aparece como o autor dos requerimentos.
O parlamentar então levantou a hipótese de fraude. O deputado alegou divergência nas datas de apresentação do requerimento e de criação do documento registrado em computador de seu gabinete