SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A quase um mês da conferência anual da Apple para desenvolvedores -a Worldwide Developer Conference-, a companhia está tendo problemas para assinar contratos com as gravadoras para o seu novo serviço de streaming, que deve exibido no grande evento. O novo serviço, comprado da Beats por US$ 3 bilhões no ano passado, marca a entrada da Apple no mercado de streaming de músicas e vem para competir com o Spotify, Deezer e Rdio. Contudo, segundo o site The Verge, a empresa parece estar tendo dificuldades de convencer gravadoras, como Universal Studios e Sony, a terminarem seus contratos com serviços como o Spotify, que têm versões grátis. A Apple está usando todo seu poder de negociação na indústria musical para impedir que os estúdios de música renovem seus contratos com o Spotify. Acabar com o serviço gratuito do Spotify daria ao Beats Music, que provavelmente será renomeado pela Apple, maior competitividade no mercado. Algumas gravadoras, porém, estão relutantes em assinar com a companhia. A Universal Studios -que conta com artistas como Taylor Swift, Katy Perry e Maroon- ainda não fez um acordo com a Apple. As negociações da empresa atraíram a atenção do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da Federal Trade Comition, órgão similar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no Brasil, que querem saber se o que a Apple está fazendo é realmente justo. No Brasil, os serviços por assinatura de streaming -com o Spotify como líder mundial- representam mais da metade do faturamento de música digital no país, deixando em segundo plano os serviços de downloads de música, como o iTunes.