PAULO PASSOS E LUIZ COSENZO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os brasileiros estreiam nas oitavas de final da Libertadores nesta quarta-feira (6) com dois confrontos caseiros: São Paulo x Cruzeiro e Internacional x Atlético-MG. Diferentemente do que indica o regulamento de competições do torneio da Conmebol, os árbitros das partidas não serão brasileiros. Isso porque os quatro clubes vetaram árbitros do país, o que é permitido pelo artigo 13.2 do regulamento do torneio. “Quando se enfrentam dois clubes de uma mesma associação nacional os árbitros designados serão da lista da Fifa do mesmo país. A pedido de um dos clubes, aceito pela associação nacional, poderá ser designado um grupo de árbitros estrangeiros de lista internacional da Fifa, a critério da Comissão de Árbitros da Conmebol”, diz o regulamento da Libertadores. O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, informa que o clube e o Cruzeiro enviaram um ofício à CBF pedindo que não fosse escalado um trio de arbitragem brasileiro nas partidas entre as equipes nas oitavas de final. O paraguaio Carlos Amarilla foi escalado para a partida. “Nós pedimos em comum acordo, até para diminuir a pressão. Assinamos um ofício e mandamos para a CBF”, disse Aidar à reportagem. “Acredito até que essa determinação para que se escale árbitros do país caia. É uma coisa antiga, até para reduzir custos, o que não faz sentido hoje”, completou. O mesmo veto foi feito por Atlético-MG e Internacional, que se enfrentam também nesta quarta (6). Na primeira fase da Libertadores, os clássicos do São Paulo contra o Corinthians tiveram brasileiros no apito. Ricardo Marques Ribeiro e Sandro Meira Ricci foram os árbitros. Os dois receberam críticas de corintianos e são-paulinos. “Eu não fui consultado sobre isso, mas é algo previsto no regulamento da Conmebol. É algo que passa pelos clubes e direção, mas tenho certeza que os árbitros brasileiros teriam condições de atuar bem nesses jogos”, afirma o chefe da comissão de arbitragem da CBF.