O Acolhimento com Classificação de Risco é um processo dinâmico, que busca a identificação dos sintomas dos pacientes que procuram o Pronto Socorro, apontando a necessidade de atendimento de acordo com grau de sofrimento e gravidade. Para isso, é utilizado um sistema de cores. O processo tem como base a cartilha de Política Nacional de Humanização, desenvolvida pelo Ministério da Saúde. Nas unidades de saúde pública de Curitiba, essa classificação existe desde 2010.
O programa recebeu o nome de Manchester porque foi aplicado pela primeira vez em 1997 na cidade britânica de Manchester. Esta triagem foi rapidamente implementada em vários hospitais do Reino Unido. Em Portugal, são poucos os hospitais que ainda não utilizam este sistema, que já está sendo empregado em outros países da Europa, como Espanha, Holanda, Alemanha e Suécia.
A classificação é feita a partir das queixas, sinais, sintomas, sinais vitais, saturação de O2, escala de dor, glicemia entre outros. Após essa avaliação os pacientes são identificados com pulseiras de cores correspondentes a um dos seis níveis estabelecido pelo sistema.
A cor vermelha indica risco altíssimo, com necessidade de atendimento imediato, em minutos (emergência). A cor laranja também é urgência, mas com um tempo de espera de até 30 minutos. A cor amarela significa urgência, e demanda atendimento rápido de até uma hora. Já o verde indica casos de menor urgência, que podem aguardar atendimento. A cor azul identifica pacientes sem urgência, e que podem ser atendidos em Unidades Básicas de Saúde.
Nem sempre os pacientes que esperam horas por atendimento compreendem a triagem da enfermaria. Na triagem, é tirada a pressão e se ela estiver bem alta pode caracterizar AVC, embora o estado do paciente na espera não transpareça a gravidade. Como explicar para um senhor de 80 anos com uma mancha que um homem de 40 com dor no peito vai passar na sua frente? É quando acontecem os conflitos, ou seja, reclamações, confusões, diz o superintendente de Gestão de Atenção à Saúde, Cesar Titton.
