O diretor da Nielsen Neuro diz que o neuromarketing pode ser usado para diferenciar o posicionamento de um produto. As respostas das ondas cerebrais dos consumidores podem ser usadas para criar uma imagem única para um determinado produto. Por isso, quando o anúncio é bom, a recomendação pode ser ampliar o uso da ideia.
O comercial The Force, do novo Passat, da Volkswagen, é um caso de anúncio com alta taxa de aprovação em testes de neuromarketing que acabou se provando um sucesso global. A peça, criada pela agência Deutsch LA, mostrava um garoto vestido de Darth Vader tentando mover peças usando “a força”. Quando ele tenta usar seu poder no veículo, o pai vê e aciona o motor pelo controle remoto, fazendo o filho se espantar. O comercial ganhou dois Leões de Ouro no Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade, em 2012. Hoje considerado um “clássico”, já foi visto mais de 60 milhões de vezes no YouTube.
A reportagem entrou em contato com várias grandes agências de publicidade brasileiras para obter comentários sobre o uso da neurociência como uma ferramenta da publicidade – nenhuma quis dar entrevista, mas a maioria das respostas descartou o uso da ferramenta ou apontava desconhecimento de sua chegada ao País. Embora não tenha revelado os clientes que atende, a líder da Nielsen Neuro no Brasil, Juliana Acquarone, diz que várias grandes empresas de bens de consumo internacionais – categoria em que se encaixam Pepsico, Coca-Cola, P&G e Unilever – já usaram o laboratório paulista.