A organização Human Rights Watch criticou hoje (22) o aumento da repressão, de detenções arbitrárias e a falta de liberdade na Tailândia, no primeiro aniversário do golpe de Estado dos militares.

Em comunicado, a organização afirmou que a junta militar no poder vem adiando a data para a realização de eleições. Um ano depois do golpe militar, a Tailândia é uma ditadura política com todo o poder concentrado nas mãos de um homem, afirmou Brad Adams, diretor da Human Rights Watch para a Ásia.

O chefe do Exército tailandês, Prayuth Chan-ocha, autoproclamou-se primeiro-ministro provisório, um dia depois de os militares terem tomado o poder num golpe de Estado, em 22 de maio de 2014.

O Conselho Nacional para a Paz e Ordem – designação oficial da junta – foi provido de imunidade, de acordo com Brad Adams, com o objetivo de acuar os apoiadores da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra, envolvida num processo judicial acusada de negligência.

Desde o fim da monarquia absoluta em 1932, a Tailândia foi palco de 19 tentativas de golpe de Estado. Doze tiveram êxito.