RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O adolescente de 16 anos suspeito de matar o médico Jaime Gold a facadas na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio, afirmou nesta segunda-feira (25) que não teve participação no crime, segundo um de seus advogados, Alberto Junior.
Junior afirma que o garoto estava em casa quando o crime ocorreu, na última terça-feira (19). O menor prestou depoimento ao Ministério Público nesta segunda.
O Ministério Público fará representação – equivalente a uma denúncia oferecida contra maiores de idade – à justiça por ato análogo ao latrocínio e pedirá a internação temporária do menor. Após o recebimento da representação pela justiça o caso pode ser julgado em até 45 dias.
“Este caso trará algumas questões. Temos que discutir que tipo de sociedade queremos, um estado democrático de direito ou um estado autoritário”, disse Júnior ao deixar o fórum onde o menor deu depoimento.
A ficha do menor na polícia do Rio é extensa: 15 anotações criminais até semana passada. Doze referem-se a roubos e furtos, mas há registro também por uso de drogas e desacato. As áreas de atuação são o entorno da própria Lagoa, nas ruas do Leblon, Ipanema e Copacabana – ele praticou 11 crimes na zona sul, região mais rica da cidade.
O médico Jaime Gold, 57, estava de bicicleta na pista de lazer da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, quando foi abordado por duas pessoas em frente ao centro náutico do Botafogo. Os bandidos o esfaquearam no abdômen e no braço, e fugiram com a bicicleta.