SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Encontre as pessoas com quem você cruzou. Essa é a proposta do aplicativo Happn, cujo número de usuários no Brasil cresceu 110% em maio, chegando a 330 mil pessoas. O aplicativo -que funciona de um modo similar ao Grindr, voltado para gays, que mostra pessoas nas redondezas- conta com 3,5 milhões de usuários no mundo -a ferramenta foi lançada em fevereiro de 2014. No Brasil, o sistema começou a funcionar em abril e se tornou bastante popular, chegando a 40 mil novos “crushes” (quando dois usuários se curtem e, portanto, podem iniciar uma conversa) a cada semana. O Happn mostra o horário e o local aproximado em que as pessoas estiveram próximas umas das outras. A interação entre usuários se dá por curtidas: quando duas pessoas se gostam, há uma “crush” e é possível começar uma conversa por chat. Outro método é chamar a atenção de outro usuário com o envio de um “charme”. Para mulheres, o envio é gratuito, já os homens precisam pagar alguns centavos -dependendo do pacote escolhido. Cerca de 40% dos usuários são mulheres. O uso da geolocalização pode ser um entrave para o uso desse tipo de ferramenta por mulheres, em razão de preocupações com a segurança. SEGURANÇA Segundo uma porta-voz do Happn, a ferramenta tenta resolver o problema ao não mostrar exatamente onde se encontra o outro usuário -o máximo de proximidade é “agora a menos de 250 m de distância”. Os pontos de cruzamento, horário e a quantidade de vezes que eles aconteceram são registrados em um mapa “não muito preciso”. Um mecanismo de defesa é o bloqueio. Ao bloquear uma pessoa ela não poderá mais ver seus cruzamentos e nem enviar uma mensagem. Para evitar problemas, o Happn aconselha que aqueles que querem se conhecer na vida real optem por se encontrar em locais públicos depois de informar um parente ou amigo sobre o encontro. A ferramenta é gratuita, mas o usuário precisa possuir uma conta no Facebook para se cadastrar.