LEANDRO COLON, ENVIADO ESPECIAL ZURIQUE, SUÍÇA (FOLHAPRESS) – O presidente da Fifa, Joseph Blatter, cancelou presença agendada oficialmente em evento de medicina esportiva da Fifa marcado para a manhã desta quinta-feira (28) em Zurique. O dirigente justificou a ausência em razão dos acontecimentos desta quarta (27), quando foram presos sete cartolas da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. O diretor médico da Fifa, Jiri Dvorak, argumentou que o dirigente suíço disse que não poderia comparecer por causa das “turbulências” em curso. Blatter e assessores próximos aguardam o resultado de uma reunião da Uefa, entidade que dirige o futebol europeu, marcada para as 12h30 (7h30, horário de Brasília), na cidade suíça. Os dirigentes europeus, liderados pelo presidente Michel Platini, querem o adiamento da eleição para a presidência da Fifa que será realizada sexta-feira (29) durante o congresso com 209 federações que começa na noite desta quinta (28). A Fifa tem dito que o encontro está confirmado. No cargo desde 1998, Blatter é o favorito para ser reeleito a um quinto mandato, numa disputa contra o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein. Os cartolas da Uefa ameaçam inclusive boicotar a votação. Alguns setores da entidade, no entanto, têm defendido participar da eleição para não tirar a legitimidade da Uefa no congresso. “A Fifa tem de ficar sem o Blatter. É irrelevante se está envolvido ou não nessa bagunça. É a pessoa que liderou a Fifa por 16 anos e deve assumir a responsabilidade”, disse nesta quinta o presidente da Federação Inglesa de Futebol, Greg Dyke. Uma decisão da Uefa deve sair no encontro no começo da tarde. Mesmo tendo o apoio dos demais continentes, Blatter tem sofrido cobranças não só da Uefa, mas de importantes patrocinadores da Fifa, como a Adidas e a Visa.