SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em meio a uma intensa onda de calor na Índia, as autoridades suspenderam as licenças de médicos e orientaram as pessoas a não deixarem suas casas durante o dia. O calor de mais de 47º C já deixou pelo menos 1.371 mortos nesta semana no país. O sul do país é a zona mais afetada e a que registra o maior número de vítimas, sobretudo entre os operários, os sem-teto e os idosos, mais vulneráveis à insolação e à desidratação. Somente no Estado de Andra Pradesh foram registradas 1.020 mortes. Com a suspensão das licenças de médicos, espera-se que mais pessoas que sofrem com o calor possam ser atendidas. A orientação para que as pessoas fiquem em casa e evitem a exposição ao sol não é uma opção para muitos indianos. “Eu tenho dores de cabeça, às vezes febre. Mas [se eu ficar em casa] como ganharei meu dinheiro?”, disse o catador de sucata Akhlaq, 28, na capital, Nova Déli, onde as temperaturas alcançaram os 45º C nesta terça (27). A onda de calor no país já dura sete dias, o que corresponde ao dobro de tempo que costumam durar, segundo as autoridades. Segundo meteorologistas, o número de dias em que as temperaturas ultrapassam os 45º C vêm aumentando nos últimos anos. Maio e junho costumam ser os meses mais quentes do ano na Índia, antes da temporada de chuvas de monção.