AGUIRRE TALENTO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A CPI da Petrobras dispensou novamente empreiteiros de prestarem depoimento nesta quinta-feira (28), desta vez de representantes da OAS, o funcionário José Ricardo Nogueira Breghirolli e o diretor afastado Mateus Coutinho de Sá. Ambos são alvos da Operação Lava Jato e estão atualmente em regime de prisão domiciliar. Eles afirmaram aos deputados, em suas considerações iniciais, que iriam ficar calados por orientação dos seus advogados, sendo em seguida dispensados. Houve protestos de alguns deputados, mas o vice-presidente da comissão, Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que presidiu a sessão, afirmou que o entendimento do presidente Hugo Motta (PMDB-PB) tem sido de dispensar os investigados que avisam que não falarão e, por isso, manteria o posicionamento. “Fica parecendo que nós estamos querendo proteger os empreiteiros”, afirmou o deputado Delgado Waldir (PSDB-GO). Até agora só falaram os dois empreiteiros que fizeram delação premiada, ambos da Camargo Corrêa. Os demais empreiteiros que vieram à CPI avisaram que ficariam calados e foram todos dispensados. Na quarta (27), porém, a CPI havia tido entendimento diferente e decidiu questionar os representantes do grupo Schahin mesmo com o aviso de que ficariam calados. O argumento de Motta é que eles estavam sendo ouvidos como testemunhas, por isso não seriam dispensados -mesmo sendo a Schahin investigada na Lava Jato. A OAS, que já pediu recuperação judicial devido aos impactos causados pelas investigações contra ela, teve quatro funcionários presos na operação. A empresa é acusada pelo Ministério Público de ter firmado contrato com empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef a fim de repassar propinas.