SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo menos três pessoas morreram nesta sexta-feira (29) em um atentado suicida contra uma mesquita xiita em Damman, na Arábia Saudita, o segundo contra um templo da minoria islâmica no país do golfo Pérsico em uma semana.
Assim como na última sexta (22), o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, que ocorreu apesar de as autoridades sauditas terem reforçado a segurança nas mesquitas xiitas nesta semana.
De acordo com a agência de notícias estatal saudita SPA, o homem-bomba queria entrar com um carro no estacionamento da mesquita Al Anoud, onde ocorria a oração do meio-dia, a mais importante do dia sagrado para os muçulmanos.
Ao ser impedido por um guarda do templo, ele detonou os explosivos. Além do segurança, um fiel e um pedestre que passava na hora da explosão foram mortos no atentado. Não há informações sobre feridos.
Moradores da região publicaram fotos e vídeos da nuvem de fumaça formada pelo atentado, assim como do corpo de um homem que seria o terrorista e dos membros da congregação religiosa consternados com a explosão.
As autoridades sauditas investigam o atentado. O ministro do Interior, Mansour al-Turki, considerou a ação frustrada porque a intenção do terrorista era entrar com o carro dentro do prédio e provocar um número de mortos maior.
ESTADO ISLÂMICO
A ação foi reivindicada pelo Estado Islâmico em mensagem no microblog Twitter. Nela, a milícia radical parabeniza o autor, a quem diz se chamar Abu Jandal al-Jizrawi.
A facção também diz ter realizado o ataque de 22 de maio, que deixou 21 mortos na mesquita Imã Ali, em Kudeih, no leste do país. Os dois atentados revelaram uma falha em um dos países mais seguros do Oriente Médio.
Antes das duas ações deste mês, o último ataque ao país havia ocorrido em novembro, contra outra mesquita xiita, em que oito pessoas morreram. Na ocasião, a reivindicação feio do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.
Em áudio, ele fez uma convocação à guerra contra a Arábia Saudita, em especial contra a dinastia Al Saud e o Exército, que compõe a coalizão que combate contra a milícia no Iraque e na Síria.