SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Atual presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero disse nesta sexta-feira (29), no Rio, que não vai deixar o cargo apesar das investigações que culminaram na prisão de José Maria Marin, ex-presidente da entidade. Del Nero concedeu uma entrevista na sede da CBF, na Barra da Tijuca, para falar sobre o esquema de corrupção que está sendo investigado pelos Estados Unidos.

“É impossível renunciar. Isso não existe comigo. Até porque não há nenhuma razão para que eu venha renunciar. Eu não tenho nada a ver com isso”, disse o dirigente. Na entrevista, Del Nero evitou defender Marin, que foi detido na quarta-feira (27), em Zurique, na Suíça. E afirmou ainda que não sabia dos esquemas. “É triste [a prisão de Marin]. Mas temos que tomar providências. Ficamos chateados, mas temos que exercer a função a favor da CBF. E eu não tinha conhecimento [do esquema]. Não assinei nenhum contrato na administração do Marin”, disse Del Nero, que era vice-presidente da CBF na gestão de Marin.

“A função do vice é colaborar com o presidente com aquilo que ele precisa. Vice-presidente não manda. Ele cumpre. Exatamente como um diretor. E eu procurava ser um bom diretor”, afirmou O dirigente desembarcou na manhã desta sexta-feira no Rio após abandonar o Congresso da Fifa. A saída do presidente da CBF surpreendeu a entidade máxima do futebol. Segundo Del Nero, a decisão foi tomada com o intuito de dar satisfação ao Brasil. “Resolvi partir da Suíça para poder, de forma positiva e correta, cumprir e dar as explicações necessárias, não só às autoridades, como para a imprensa”, afirmou.