SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os funcionários do Metrô de São Paulo aceitaram na noite desta segunda-feira (1º) a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa e desistiram da greve que poderia começar na terça-feira.
Em assembleia da categoria no Sindicato dos Metroviários foi decidido entrar em acordo com a companhia e encerrar a negociação salarial e o estado de greve (quando os funcionários informam à Justiça e à empresa da possibilidade de paralisação).
Um acordo parcial havia sido fechado à tarde no núcleo de conciliação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região. Na reunião, o Metrô aumentou a proposta de reajuste salarial feita aos metroviários: na semana passada havia oferecido 7,21%, hoje chegou aos 8,29%.
O índice inclui a inflação acumulada desde o último reajuste – 7,21% segundo a Fipe – mais cerca de 1% de aumento real. O Metrô também aumentou a proposta de reajuste nos benefícios vale-refeição e vale-alimentação para 10%.
Os critérios de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Rendimentos) também foram definidos pelas partes partes durante a audiência.
O último reajuste salarial dos metroviários foi de 8,7% e ocorreu no mês de junho do ano passado.
EFETIVO
O desembargador Mauro Vignotto havia reduzido o percentual mínimo de funcionários em atividade que os trabalhadores do Metrô paulista precisariam respeitar caso fosse feita paralisação.
Em decisão do último dia 27 de maio, o percentual de 100% de funcionários nos horários de pico foi reduzido para 80% e o índice de 70% fora dos horários de pico foi reduzido para 50%.
Ou seja, caso a categoria decida entrar em greve durante a negociação de reajuste salarial, o Sindicato dos Metroviários deverá garantir que 80% dos trabalhadores permaneçam em seus postos nos horários de pico da manhã e da tarde e metade deles fora desses períodos.
CPTM
Funcionários da CPTM também estão em negociação salarial e ameaçam parar os trens na próxima quarta (3). A categoria reivindica agora 9,29% de reajuste, enquanto a empresa propõe aumento de 7,72%. As duas partes devem se reunir em uma nova reunião de conciliação nesta terça.