A prisão de uma professora de 46 anos, suspeita de planejar a morte do próprio marido, chocou a população de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. A mulher dava aula de língua portuguesa em uma escola particular da cidade e era casada com um diretor comercial de 49 anos, morto a tiros na última segunda-feira (1º), em uma travessa da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrike, no Brooklin, zona sul de São Paulo.

Sempre segundo a polícia, as investigações até aqui apontam que a professora e o amante, que também tem 46 anos, teriam encomendado o crime. A mulher, que era casada há 30 anos com o diretor comercial, com quem tem dois filhos, um de 15 e outro de 17 anos, mantinha a relação extraconjugal há 13 anos. Ela se encontrava com o homem nos intervalos da aula dela, em Aparecida, onde o amante chegou a ficar durante uma semana, com tudo pago pela professora.

Imagens de uma câmera de segurança que mostravam o amante conversando com Eliezer Araújo, o homem que fez os disparos, chamaram a atenção da polícia. O Facebook do homem então foi analisado e os investigadores descobriram que ele era amigo da esposa da vítima. Os dois estariam planejando o crime há cerca de um ano – a polícia, inclusive, descobriu que a mulher teria feito um empréstimo de R$ 7 mil no banco e depois teria transferido o dinheiro para a conta do amante, que teria pago R$ 3 mil para Eliezer cometer o crime. A ideia do casal seria ficar com o seguro de vida da vítima, avaliado em R$ 500 mil.

Choque

Em relatos ao jornalista Daniel Corrá, do portal G1, ex-alunos e alunos da professora revelaram estar chocados com o caso. Ela deu aula para mim no Ensino Médio e dava aula para o meu irmão. A história chocou todo mundo na cidade. Ninguém esperava isso, principalmente, por ser professora, afirmou a ex-aluna Fabíola Querido, de 22 anos, que também contou nunca ter escutado comentários negativos sobre a mulher. Ela era bem popular e gostava de brincar com todo mundo. Falava muito que trabalhava apenas para sustentar os luxos dela, complementa.