Boa parte dos resultados se deve à soja. Nesse ano, os produtores colheram o volume recorde de 16,9 milhões de toneladas de soja, o que representou um avanço de 16% sobre a anterior. 

Apesar dos preços mais baixos das commodities agrícolas em relação ao ano passado, o real desvalorizado na comparação com o dólar vem favorecendo o faturamento dos produtores. A queda de quase 20% nos preços internacionais em relação ao ano passado está sendo compensada pelo dólar, que na casa dos R$ 3,10 ajudou a melhorar a condição do agricultor, diz o economista Pedro Loyola, coordenador do departamento técnico e econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep). 

Além disso, de acordo com o Deral, 33% da soja colhida no Estado ainda não foi comercializada e há expectativa de leve melhora de preços do grão no mercado internacional, com a piora nas previsões da safra norte-americana, afetada pelas chuvas.

Com a possibilidade de uma safra americana menor, os preços internacionais reagiram nos últimos dias. O mercado ainda está bastante volátil, mas existe a possibilidade de recuperação do preço. Capitalizado, o produtor paranaense está comercializando mais lentamente a safra desse ano, acrescenta Loyola.