SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner contratou Edward Fitzgerald, um premiado advogado inglês que há dez anos evita a extradição do empresário Steve Ferguson de Trinidad e Tobago, para fazer a sua defesa contra pedido de extradição para os EUA, informou o jornal inglês “The Guardian”.
Fitzgerald é conhecido por ter conquistado diversos prêmios de defesa dos direitos humanos em sua luta contra a pena de morte. Ele já defendeu pessoas acusadas de terem cometido assassinatos famosos no Reino Unido e terroristas do IRA (Exército Republicano Irlandês), entre outros.
Warner é acusado de ter recebido propina na negociação de direitos comerciais de competições organizadas pela Concacaf (Confederação de Futebol da América Central, do Norte e do Caribe) e para votar na África do Sul para sede da Copa de 2010. Ele foi indiciado pelo Departamento de Justiça dos EUA por conspiração para extorsão, fraude financeira e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Concacaf chegou a ser detido em Trinidad e Tobago, seu país natal, quando a Justiça americana deu início à operação que prendeu sete dirigentes de futebol em Zurique, na Suíça, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. No entanto, foi liberado no dia seguinte após pagamento de fiança.
O dirigente se declarou inocente de todas as acusações e afirmou que o governo dos Estados Unidos fez a operação como revanchismo por ter perdido a disputa para sediar a Copa do Mundo de 2022.
“Os norte-americanos querem ferir a Fifa porque não conseguiram ser sedes da Copa do Mundo de 2022. É algo pessoal”, afirmou.
O periódico informou ainda que, segundo a embaixada americana em Trinidad e Tobago, os EUA ainda não fizeram um pedido formal de extradição de Jack Warner.