MARINHO SALDANHA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A geração campeã de Libertadores, Mundial, entre outros títulos do Corinthians está cada vez mais longe do clube. Os remanescentes são Ralf, Danilo e Cássio. Destes, apenas o goleiro é titular. E o fim da ‘geração de ouro’ tormou o goleiro uma referência no time. O posto agrada a Cássio, independente da pressão permanente pelo alto rendimento.
“Pelo tempo que estou no Corinthians e os títulos, acho que sim. Temos outros jogadores que de repente tenham tempo e isso também. Renato Augusto, Gil, Vagner Love, são caras experientes. Saíram aqueles jogadores e chegaram outros. Mas o ambiente sempre foi bom. Se todos ficassem, seria muito bom. O ambiente já era bom. Agora, existe a reformulação no futebol. Fico feliz porque os que saíram foram vendidos, em situações boas. O time vai mudando, é assim”, disse o goleiro.
No entanto, o posto de referência gera responsabilidade. Atualmente, o goleiro aceita críticas e comprara seu momento ao de outros ídolos que já enfrentaram situações semelhantes.
“Não é anormal. Tenho quatro anos de clube e na história jogadores como Marcelinho Carioca já foram idolatrados e criticados. A torcida tem direito, cada um tem sua opinião. Sigo fazendo meu melhor. Não se quer falhar, mas nem sempre conseguimos evitar. A cabeça está boa e é importante ter confiança das pessoas que trabalham com você”, completou.
Cássio também elogiou a disposição do clube em utilizar mais jogadores da base no elenco profissional.
“Eu acredito que se vá falar de liderança por eu ser o único remanescente. A liderança não se exerce gritando ou xingando, mas tentando ajudar. Estão vindo muitos jogadores de qualidade da base, mas tento passar tranquilidade. A pressão é diferente aqui, demorei para me acostumar com o clube”, encerrou.