SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A terceira mulher do avô do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (3) que pretende fazer comida tradicional do Quênia para ele durante a visita do mandatário ao país africano, no final de julho.
Considerada como avó pelo chefe de Estado, Sarah Onyango Obama disse que quer fazer peixe, frango e um escaldado de farinha de milho. “Não importa se Barack é senador ou presidente. Comerá o que eu preparar”, disse.
Mama Sarah, como é conhecida, ainda deseja que o presidente visite Kogelo, vilarejo onde mora e onde nasceram o pai e o avô de Obama. Porém, ainda não se sabe se o Serviço Secreto dará aval a uma saída da capital Nairóbi.
Sarah é a última mulher de Hussein Onyango Obama, avô paterno do mandatário americano, que morreu em 1979. A verdadeira avó do presidente é Habiba Akumu Obama, a segunda mulher de Hussein, morta em 2006.
Hussein e Habiba Obama tiveram três filhos: Sarah, Auma e Barack. Em 1959, Barack Obama Sr. foi estudar no Havaí, onde conheceu Stanley Ann Durham. O casal ficou junto por três anos e teve um filho: o hoje presidente americano.
DESAFETO
Durante a viagem ao Quênia, Barack Obama terá que passar por mais uma lembrança do passado de sua família ao ser recebido pelo presidente Uhuru Kenyatta, filho de um dos grandes desafetos de seu pai.
Ao Barack Obama Sr. voltar ao Quênia, em 1964, o o país era comandado por Jorno Kenyatta. Um ano depois, o pai de Obama foi nomeado como economista dos Transportes e depois foi transferido ao Ministério das Finanças.
Embora fosse funcionário público, Barack Obama Sr. criticava duramente o governo e foi colocado no ostracismo por Kenyatta. Ele deixou o serviço público após sofrer um segundo acidente de carro, em que perdeu as duas pernas.
Desde que assumiu a Presidência, em 2008, Obama queria voltar ao Quênia. Ele havia ido ao país em 2006, quando era senador, e em 1992, pouco antes de se casar com a primeira-dama Michelle.
A visita como presidente foi adiada devido às acusações contra Uhuru Kenyatta, julgado no Tribunal Internacional Penal pela violência após as eleições de 2008. Em dezembro, ele foi absolvido por falta de provas.