GUILHERME SETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Neste sábado (4), a seleção chilena bateu a Argentina nos pênaltis e conquistou a Copa América, o primeiro título em sua história. Disputada no Estádio Nacional de Santiago, a partida terminou empatada em 0 a 0 após o tempo regulamentar e a prorrogação. Nos pênaltis, Higuaín chutou para fora e o goleiro Bravo defendeu a cobrança de Banega. O Chile converteu todas suas cobranças, e Alexis Sánchez deu uma espécie de cavadinha na batida que definiu o título inédito para os donos da casa.
Quase inteiramente tomado de vermelho, com bandeiras do Chile balançando, o Estádio Nacional apoiou a seleção chilena durante toda a partida. Pequenos focos mais claros apoiavam a seleção argentina.
O favoritismo argentino foi dissipado logo no início do jogo. O técnico argentino Jorge Sampaoli armou a seleção chilena em um 3-4-1-2, com Aranguiz, Vidal e Valdivia no meio de campo. Com marcação intensa na saída de bola argentina e troca de passes rápida, o Chile passou a maior parte do primeiro tempo com o domínio da posse de bola. No entanto, esbarrou na limitação técnica dos atacantes Alexis Sánchez e Vargas.
A Argentina investiu em contra-ataques e jogadas individuais. Seus principais jogadores, como Messi e Pastore, tiveram atuações apagadas durante toda a partida.
No primeiro tempo, os argentinos pararam em boas defesas de Bravo em duas ocasiões. Em uma delas, o goleiro chileno espalmou no reflexo uma cabeçada de Aguero na pequena área.
Aos 29 minutos do primeiro tempo, a Argentina perdeu um dos seus principais jogadores. O meia Di María sentiu dores na coxa direita e teve que sair de campo e dar lugar a Lavezzi.
No segundo tempo, a dinâmica foi mantida. Mais cansados, os chilenos apelaram às faltas para parar Messi e os contra-ataque rivais. Com o Chile hesitante no momento de finalizar e a Argentina sem posse de bola, os goleiros pouco trabalharam no segundo tempo.
Alexis Sánchez teve a chance de fazer o gol do título aos 37 minutos do segundo tempo, mas desperdiçou belo lançamento de Aránguiz e chutou para fora.
Dez minutos depois, a Argentina perdeu chance ainda melhor em contra-ataque. De frente para o goleiro, Lavezzi passou para Higuain, que não conseguiu alcançar e chutou a bola para fora com o gol vazio.
Com o empate, a partida foi para a prorrogação. Com os atletas extenuados, o ritmo da partida diminuiu, com algumas quedas e paradas devido a cãibras. Sem grandes oportunidades criadas nem gols marcados, a partida foi para os pênaltis.
Nas cobranças, as duas primeiras foram convertidas pelos batedores (Messi e Fernández). Vidal acertou seu pênalti, mas Higuaín chutou para fora. Aránguiz converteu a terceira cobrança chilena, e Bravo defendeu a batida de Banega. Com muita frieza, Alexis Sánchez bateu o último pênalti com um tipo de cavadinha e a bola entrou lentamente para dar o inédito título aos chilenos.
CHILE
Bravo, Isla, Medel, Silva e Beausejour; Días, Aránguiz, Vidal e Valdivia (Matías Fernández); Vargas (Henríquez) e Sánchez. T.: Jorge Sampaoli
ARGENTINA
Romero, Zabaleta, Otamendi, Demichelis e Rojo; Mascherano, Biglia, Pastore (Banega) e Di María (Lavezzi); Messi e Agüero (Higuaín). T.: Gerardo Martino
Cartões amarelos: Aránguiz, Silva, Medel e Díaz (CHI); Rojo, Mascherano e Banega (ARG)
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Estádio: Nacional, em Santiago (CHI)
Público: 45.693 presentes