ÉDER FANTONI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Depois de dois resultados ruins e agora com novo técnico, o paulista Adriano de Souza, o Mineirinho, 28, líder do Mundial de surfe, busca a partir desta quarta-feira (8) se recuperar no campeonato.
A sexta das 11 etapas desta temporada acontece em Jeffreys Bay, na África do Sul. A primeira chamada está programada para as 2h30 (de Brasília) desta quarta.
Mineirinho lidera a competição com 28.000 pontos e é seguido de perto pelo também brasileiro Filipe Toledo (27.450 pontos) e pelo australiano Owen Wright (26.150).
O paulista de Guarujá, litoral de São Paulo, vem de dois resultados modestos. Tanto no Rio como em Fiji não passou da terceira fase.
Para se recuperar, ele aposta em uma nova parceria. É treinado agora por Leandro “Grilo” Dora, ex-surfista profissional. Entre outros atletas, já foi técnico também de Ricardo dos Santos, o Ricardinho, que morreu no início do ano.
“Já estou treinando com o meu novo treinador. Ele é muito bom e tenho certeza que terei grandes resultados ao lado dele”, disse à reportagem Mineirinho, que estava sem técnico.
Na África do Sul, o paulista espera ter um desempenho semelhante àquele do início da temporada, quando conseguiu grandes resultados na Austrália. Em Gold Coast, ficou em terceiro; em Bells Beach, foi vice; em Margaret River, ganhou o título.
“A pressão [depois dos resultados ruins] não muda. A tarefa é seguir com a lycra amarela [sempre usada pelo líder do campeonato]. Mas ainda falta muito campeonato e meu principal objetivo é chegar em Pipeline [última etapa, no Havaí] com chances de ser campeão”, disse Mineirinho, que falou em “infelicidades” ao fazer um comentário sobre as etapas do Rio e de Fiji.
“Eu me preparei bastante para esses dois eventos. Cheguei antes que quase todo mundo e treinei muito bem, mas acabei caindo diante de adversários que tiveram apresentações melhores naquele momento”, afirmou.
E a África do Sul traz boas recordações para Mineirinho. Em 2012, ele venceu uma etapa da divisão de acesso no país. Na decisão, ele bateu o francês Joan Duru ao somar 16.00 pontos. Teve um 8.33 e um 7.67 como as suas melhores notas.
“É uma onda rápida e potente e você precisa pegar o tempo certo para não cair. Adoro surfar lá. Posso dizer que é um dos meus picos preferidos”, disse.
O paulista está na sexta bateria em Jeffreys Bay, ao lado do americano Kolohe Andino e do sul-africano Slade Prestwich. O primeiro colocado avança diretamente para a terceira fase, enquanto o segundo e o terceiro vão para a repescagem.
Já o segundo colocado do ranking, Filipe Toledo, está na quarta bateria, junto com o australiano Adam Melling e o americano Dane Reynolds.
“É uma onda que não tenho muita experiência, mas a expectativa é sempre a melhor. Vou dar o meu máximo, vou fazer o que puder para sair de J-Bay com a lycra amarela”, disse Filipinho.